Fico assim calado
do meu lado
trocando em miúdos as memórias
relutando com meu humor
cortando e colando meus dias ruins
pesando meus índices de ebulição
tecendo meu casulo
esperando sol e dia próspero
sigo assim...
Sigo sem ler algo interessante
poucos me lêem
pouco tempo eu percebo minha sombra
quase não rimo
o amor é contado em prato raso
em xícara modesta
em sofreguidão das minhas mãos
em paisagem urbana.
Fico calado
ao meu lado
respeitando quem não me respeita
querendo ser mais paciente, obediente...
Sigo calado
sem ler vozes
sem escutar letras
assim deixo de agonizar na prancha deste navio
deixo as solenidades intermináveis
mais por estar ausente
do que meu corpo presente.
Recriando
Páginas de outras melancolias
Os caminhos que sigo não são os melhores, mas certamente faço da minha vida o que bem entendo.
Talvez não entenda de gente, ou mesmo da vida, mas vivo intensamente.
Sou eu quem me aturo e parabenizo. Sou eu meu companheiro, meu confidente.
Quem manobra meu palhaço e quem esfola de gargalhar, escreve estas linhas e fingi sorrir para não chorar.
Quem equilibra a cãimbra do engasgo, do vômito pela hipocrisia e modera o consumo, inala o amor viril do texto apaixonado para revidar algo que não foi dado.
Talvez minha maquilagem penetre a sociedade ausentando meu personagem e deixando a mostra o verdadeiro palhaço que habita o reflexo.
Sou de carne nua, pois sou o que sei, o que sou depende do nível de atrocidade com que me julgam.
Sou réu confesso, pois não faço parte do banquete indecente dos depravados sovinas que vendem a noite para comprar o dia.
Minha integridade são passos equilibrados e distantes da sujeira do nome daqueles que se ridicularizam por esmolas voláteis.
Eu continuo.
Poucos escutam, ou chegar a ler, mas quem aqui chegar, saiba que não estou a venda!
do meu lado
trocando em miúdos as memórias
relutando com meu humor
cortando e colando meus dias ruins
pesando meus índices de ebulição
tecendo meu casulo
esperando sol e dia próspero
sigo assim...
Sigo sem ler algo interessante
poucos me lêem
pouco tempo eu percebo minha sombra
quase não rimo
o amor é contado em prato raso
em xícara modesta
em sofreguidão das minhas mãos
em paisagem urbana.
Fico calado
ao meu lado
respeitando quem não me respeita
querendo ser mais paciente, obediente...
Sigo calado
sem ler vozes
sem escutar letras
assim deixo de agonizar na prancha deste navio
deixo as solenidades intermináveis
mais por estar ausente
do que meu corpo presente.
Recriando
Páginas de outras melancolias
Os caminhos que sigo não são os melhores, mas certamente faço da minha vida o que bem entendo.
Talvez não entenda de gente, ou mesmo da vida, mas vivo intensamente.
Sou eu quem me aturo e parabenizo. Sou eu meu companheiro, meu confidente.
Quem manobra meu palhaço e quem esfola de gargalhar, escreve estas linhas e fingi sorrir para não chorar.
Quem equilibra a cãimbra do engasgo, do vômito pela hipocrisia e modera o consumo, inala o amor viril do texto apaixonado para revidar algo que não foi dado.
Talvez minha maquilagem penetre a sociedade ausentando meu personagem e deixando a mostra o verdadeiro palhaço que habita o reflexo.
Sou de carne nua, pois sou o que sei, o que sou depende do nível de atrocidade com que me julgam.
Sou réu confesso, pois não faço parte do banquete indecente dos depravados sovinas que vendem a noite para comprar o dia.
Minha integridade são passos equilibrados e distantes da sujeira do nome daqueles que se ridicularizam por esmolas voláteis.
Eu continuo.
Poucos escutam, ou chegar a ler, mas quem aqui chegar, saiba que não estou a venda!
P.S. - Todos os créditos da imagem para: http://www.mtf.pt/galeria/data/media/1/profundidade.JPG
Obrigado!