quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Calado




Fico assim calado
do meu lado
trocando em miúdos as memórias
relutando com meu humor
cortando e colando meus dias ruins
pesando meus índices de ebulição
tecendo meu casulo
esperando sol e dia próspero
sigo assim...

Sigo sem ler algo interessante
poucos me lêem
pouco tempo eu percebo minha sombra
quase não rimo
o amor é contado em prato raso
em xícara modesta
em sofreguidão das minhas mãos
em paisagem urbana.

Fico calado
ao meu lado
respeitando quem não me respeita
querendo ser mais paciente, obediente...
Sigo calado
sem ler vozes
sem escutar letras
assim deixo de agonizar na prancha deste navio
deixo as solenidades intermináveis
mais por estar ausente
do que meu corpo presente.



Recriando

Páginas de outras melancolias

Os caminhos que sigo não são os melhores, mas certamente faço da minha vida o que bem entendo.
Talvez não entenda de gente, ou mesmo da vida, mas vivo intensamente.
Sou eu quem me aturo e parabenizo. Sou eu meu companheiro, meu confidente.
Quem manobra meu palhaço e quem esfola de gargalhar, escreve estas linhas e fingi sorrir para não chorar.
Quem equilibra a cãimbra do engasgo, do vômito pela hipocrisia e modera o consumo, inala o amor viril do texto apaixonado para revidar algo que não foi dado.
Talvez minha maquilagem penetre a sociedade ausentando meu personagem e deixando a mostra o verdadeiro palhaço que habita o reflexo.
Sou de carne nua, pois sou o que sei, o que sou depende do nível de atrocidade com que me julgam.
Sou réu confesso, pois não faço parte do banquete indecente dos depravados sovinas que vendem a noite para comprar o dia.

Minha integridade são passos equilibrados e distantes da sujeira do nome daqueles que se ridicularizam por esmolas voláteis.

Eu continuo.

Poucos escutam, ou chegar a ler, mas quem aqui chegar, saiba que não estou a venda!
P.S. - Todos os créditos da imagem para: http://www.mtf.pt/galeria/data/media/1/profundidade.JPG
Obrigado!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A mentalidade de um imbecil




Amigos,


Desculpem a ausência... Relato para um imbecil. Sejamos felizes! O caráter é precioso e não é vendido...


Por isso... FODA-SE o imbecil!



Que a terra consuma tua insensatez. Não desejo o teu mal, mas não cabe o alimento que consome. Incapacidade nem de longe foi vista por teu olhar disperso, incauto que metralha a discrepante loucura que te engole e te eleva ao patamar de... incapaz?
A tua gentileza ora casta ora rasa, veste o ultraje fino de uma alma livre, em queda livre. Para aqueles que estendem as mãos são oferecidos desatinos, devaneios e imoralidades. Para aqueles que te queres mal, tu ofereces o que não habita teu peito, um amor tão desconhecido, quanto o buraco de onde tu saíste.
Tua magnífica loucura é embebida de tua tristeza e arrastada por onde quer que tu estejas. Tu não deixas rastro, talvez o mundo nem reconheça filho desta terra.
Melhor não ser você, eu acredito. Teu pecado não é teu discurso, mas sim a tua presença onde quer que estejas.
Se soubesses... o bem-estar é maravilhoso. Quem dera???Melhor esperar o inverno chegar, então poderá recolher madeira e acender a lareira e aquecer sua mediocridade.