quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Triste fim...

Gente do céu!

Vejo a lentidão com que enrolam o serviço e concluo que minha paciência é obtusa. Digo isso, porque somente eu fico incomodado com a situação. Poucos reclamam que estão sem trabalho... Poucos fazem o que deve ser feitos, no entanto recebem seus salários no final do mês, como se fosse justo. A força de trabalho empregada é ínfima e chega às margens do absurdo. Planilhas e mais planilhas para explicar o porra nenhuma, o nada. Relatórios confeccionados sem o mínimo embasamento, sem a mínima credibilidade. Na maioria das pessoas vejo transbordar a gordura da ignorância com suas partições de comodismo e inveja.
As raízes corporativas estão fadadas ao escuso caos daqueles que encenam tarefas e compromissos. As empresas irão sufocar com as próprias gargalhadas do ócio vicioso e agonizar no ostracismo desfocado da impotência servil.
Monumentos aos póstumos serão erguidos quando as paredes começarem a ruir e amontoar a mistura cinza e morta.

Abdicamos de fazer e ficamos rindo à toa. Ficamos à deriva ou até mesmo encalhados em nosso mar de sujeira.

sábado, 27 de setembro de 2008

FOCO

Todos os direitos reservados desta foto (Rua Theophilo Otoni - Centro - Rio de Janeiro) para o Fotógrafo ANDRÉ ELIAS. Esta foto faz parte de seu acervo pessoal.

Obrigado estimado amigo, seu trabalho é raro é magnífico.


O quadro é apenas um pano de fundo

No fundo a luz realça a perspectiva
Em tom avermelhado do sorriso
Palhaço
Moço
Que entretém a captação sintomática
Obsessiva, corretiva,
Displástica da teoria
Meticulosa.
Em foco: a aptidão da captura,
Pintando quadro pela ótica
Objetiva,
Canteando sentenciosa, furtando
O enquadramento.
A justaposição da atmosfera
Íntima,
Instintiva...
Autentica as variáveis subjetivas,
Em função do ar contido nos foles,
Tateando o interior opaco
Para a viveza estrangeira
Colidir
Com as superfícies refratoras
Coligindo a imensidão
De um infinito
Hirto.
O impacto efêmero
Encarcerado pela oclusão reservada
Comprime ao seu foco
O ângulo conjugado
Para que o espasmo entre rédeas
Cuide de reservar imortalidade
Ao instante que ainda
Não veio à luz.

(Hallais, Alexandre – Rio de Janeiro, 27 de setembro de 2008)

Para meu amigo fotógrafo. Para André Elias.
É difícil resumir seu instante em palavras, porque a arte do teu DOM é tão bom que dá vontade de ficar a escrever para ti.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

POEMA




Entre os ares

Decida ser o que quiser
Um anjo
Ou um malmequer.
Basta coragem de viver
Fazendo bem
Ou o que se atrever.

Perfuma a voz
Para querer amar
Perguntando se possível é
Perder-se para achar.

Escolha devanear ao vento
Colhendo madura tempestade
Inundando o que nunca plantou
Mas que pra ti floresceu...
Dispondo de ausência
Para controlar a fúria apaixonada;
São ventos que penteiam os campos de trigo,
São os passos que encantam
A
Dama.

E...
Se lá vai coragem de cometer:
- Bom te ver!
Delonga o ímpeto de propósito
Esperando tirar o viço dos entreolhares
Entre palavras...
Adornando as tormentas cobertas
Meia-calça,
Meia voz,
Meio tom,
Todo despropósito.

Fez de sombra o corpo
Sobreposto,
Calado...
Ruídos...
Cometendo a justiça real de liberdade
Cuidando de esquecer
Só para ver chegar.


(Hallais, 24/09/08)
P.S. - Todos os créditos da imagem para o site http://gallery.photo.net/photo/3279886-lg.jpg
Agradeço desde já.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Desventuras. A história de um ateu que se meteu e acabou que se fudeu!


O mais importante é não ser eu. Pensando pela perspectiva controversa calafetada pelos prismas nunca antes navegados, chego a concluir que a falta de definição é a conseqüência de um inteiro domínio em saber exatamente o que não falar, dando verso ao poema monossilábico que se estende na conclusão monoteísta estática infundada dentro no nexo resoluto e esclarecedor.
Reflito com as palavras nas pontas da língua, deduzindo que elas são suicídas, atiram-se da boca sem o domínio comum e comprime o já rarefeito, moldando a genialidade em completa burrice.
Um passo a mais para emborcar chegando a se perder, esquecendo a direção, enfrentando o maior desafio... síntese.
A resposta está em algum lugar distante ou nos forros do teto?
É preciso ser o suficiente para repara na amplitude que a altitude proporciona... e certo da verdade, as janelas da loucura são destravadas, permitindo concluir que tudo o que sabe, é muito perto do negativo, distante do indiferente, quase tudo do nada...


Texto do meu amigo e fotógrafo... André Elias. Thanks André. Obrigado
fale, fale, fale... mas diga alguma coisa. nao fique ai, imaginando que todos te entendem, mas és ser incompreensível. tuas dúvidas me irritam, tua inércia me mata. quando pensas, tu sai de um mundo que nao é o nosso e vai para outro do qual nunca ouvimos falar. tu és estranho na forma, e indefinido no conteúdo. continue olhando pro teto em busca de respostas. somente ele pode te aturar, pois, se transferes para nós tuas dúvidas,... te mandaremos à merda!!!!!!!!!!!

P.S. – Todos os créditos deste último texto: André Elias.

P.S. 2 - Obrigado aqueles que ainda aparecem por aqui... Thanks. Krika... sdds... Beijos Marcus Ster...
P.S. 3 - Todos os créditos da imagem para: http://janeladoquarto.wordpress.com/feed/ (OBRIGADO)

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

COACH CARTER

"Our deepest fear is not that we are inadequate.Our deepest fear is that we are powerful beyond measure.It is our light, not our darkness, that most frightens us. Your playing small does not serve the world. There is nothing enlightened about shrinking so that other people won't feel insecure around you.We are all meant to shine as children do.It's not just in some of us; it is in everyone.And as we let our own lights shine, we unconsciously give other people permission to do the same.As we are liberated from our own fear, our presence automatically liberates others.

"Tradução livre:"Nosso mais profundo medo não é o de sermos inadequados.Nosso mais profundo medo é o de sermos poderosos além da medida.É a nossa luz, não nossa escuridão, que nos amedronta. Pensar pequeno não ajuda o mundo. Não tem nada de esclarecedor em se diminuir para que as pessoas não se sintam inseguras ao seu lado. Todos nós somos feitos para brilhar como as crianças o fazem.Não está apenas em alguns de nós; está em todos. E quando deixamos nossa luz brilhar, inconscientemente damos permissão para que outras pessoas façam o mesmo. Como estamos livres dos nossos próprios medos, nossa presença automaticamente faz os outros se libertarem.",
por Timo Cruz (Rick Gonzalez) no filme "Coach Carter".

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Calado




Fico assim calado
do meu lado
trocando em miúdos as memórias
relutando com meu humor
cortando e colando meus dias ruins
pesando meus índices de ebulição
tecendo meu casulo
esperando sol e dia próspero
sigo assim...

Sigo sem ler algo interessante
poucos me lêem
pouco tempo eu percebo minha sombra
quase não rimo
o amor é contado em prato raso
em xícara modesta
em sofreguidão das minhas mãos
em paisagem urbana.

Fico calado
ao meu lado
respeitando quem não me respeita
querendo ser mais paciente, obediente...
Sigo calado
sem ler vozes
sem escutar letras
assim deixo de agonizar na prancha deste navio
deixo as solenidades intermináveis
mais por estar ausente
do que meu corpo presente.



Recriando

Páginas de outras melancolias

Os caminhos que sigo não são os melhores, mas certamente faço da minha vida o que bem entendo.
Talvez não entenda de gente, ou mesmo da vida, mas vivo intensamente.
Sou eu quem me aturo e parabenizo. Sou eu meu companheiro, meu confidente.
Quem manobra meu palhaço e quem esfola de gargalhar, escreve estas linhas e fingi sorrir para não chorar.
Quem equilibra a cãimbra do engasgo, do vômito pela hipocrisia e modera o consumo, inala o amor viril do texto apaixonado para revidar algo que não foi dado.
Talvez minha maquilagem penetre a sociedade ausentando meu personagem e deixando a mostra o verdadeiro palhaço que habita o reflexo.
Sou de carne nua, pois sou o que sei, o que sou depende do nível de atrocidade com que me julgam.
Sou réu confesso, pois não faço parte do banquete indecente dos depravados sovinas que vendem a noite para comprar o dia.

Minha integridade são passos equilibrados e distantes da sujeira do nome daqueles que se ridicularizam por esmolas voláteis.

Eu continuo.

Poucos escutam, ou chegar a ler, mas quem aqui chegar, saiba que não estou a venda!
P.S. - Todos os créditos da imagem para: http://www.mtf.pt/galeria/data/media/1/profundidade.JPG
Obrigado!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A mentalidade de um imbecil




Amigos,


Desculpem a ausência... Relato para um imbecil. Sejamos felizes! O caráter é precioso e não é vendido...


Por isso... FODA-SE o imbecil!



Que a terra consuma tua insensatez. Não desejo o teu mal, mas não cabe o alimento que consome. Incapacidade nem de longe foi vista por teu olhar disperso, incauto que metralha a discrepante loucura que te engole e te eleva ao patamar de... incapaz?
A tua gentileza ora casta ora rasa, veste o ultraje fino de uma alma livre, em queda livre. Para aqueles que estendem as mãos são oferecidos desatinos, devaneios e imoralidades. Para aqueles que te queres mal, tu ofereces o que não habita teu peito, um amor tão desconhecido, quanto o buraco de onde tu saíste.
Tua magnífica loucura é embebida de tua tristeza e arrastada por onde quer que tu estejas. Tu não deixas rastro, talvez o mundo nem reconheça filho desta terra.
Melhor não ser você, eu acredito. Teu pecado não é teu discurso, mas sim a tua presença onde quer que estejas.
Se soubesses... o bem-estar é maravilhoso. Quem dera???Melhor esperar o inverno chegar, então poderá recolher madeira e acender a lareira e aquecer sua mediocridade.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Absorção

Ainda embebido pelo sereno
O terreno saboreia
E soterra.


Alguém gosta de Chico? Buarque?

Lá vai... estou escutando na voz do Oswaldo Montenegro...

João e Maria
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque/ Sivuca
Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava o rock para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?


Beijos para todos

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Supremo no país das maravilhas

Estou arrumando tempo!

Não exatamente. Estou puto pra cacete com o que vem acontecendo. Agora o Min. Supremo diz que é abuso "meter" algemas nos senhores: Pitta, Dantas, Naya...

Ué???

Vamos fazer um quiz? Quem responder primeiro ganha muito amor, paz e felicidade...

Qual o utensílio utilizado pela polícia para PRENDER BANDIDOS?

As leis devem ser alteradas para somente os pobres serem algemados?

Se um indivíduo não paga pensão alimentícia, ele é preso. Se homens como esses roubam milhares de reais, será que serão mantidos presos?

RISOS!!!

ESTÃO DE SACANAGEM!

O Brasil é um país manco, perneta ou cego. Tenho que beber um sal de frutas... que azia isso me dá.

Apenas para não esquecermos... Cadê o Sr. Álvaro Lins? Preso? muitos risos...

Marcos Valério?

Lembram dos Anões do orçamento?

Juiz "Lalau"?

Vou dormir, pois a lista é gigante e amanhã eu trabalho. Claro que trabalho, ou vocês pensavam que vivo roubando o dinheiro público e aplicando golpes???

Beijos no coração.

terça-feira, 8 de julho de 2008







Um tal de Beltrame aparece tranqüilo demais com o estado de emergência em que os moradores enfrentam. As balas são disparadas sem direção. Agora matamos civis...
Somos reféns desse efeito dominó, aonde as peças vão caindo uma por uma, lentamente. O Estado, soberano, assiste da tribuna de honra.
Um menino de 3 anos foi assassinado por homens de fardas que envergonham minha existência. O que fazemos não é capaz de produzir consciência e destreza para a condução “limpa” de um País livre e liberal. As pessoas estão morrendo.
O pior é que o noticiário está banalizado, pois acostumamos com as manchetes escabrosas:

- CRIANÇA MORTA PELA PM!

Eu não deixo minha insana cabeça se acostumar com isso. Não tenho o sangue frio de um “serial killer”.
Sinceramente, o que fazem os senhores de terno do congresso? Terno que pagamos...
O que estão fazendo os políticos eleitos? Antes corpo a corpo, agora distância a distância?

Quem é mais despreparado? O PM que matou ou o político que o corrompeu? Difícil!

Cabral quer expulsá-los da PM! Mas o que adianta? A criança morreu, ou não morreu? Tá! Temos que julgá-los e tudo mais... mas e aí??? Até quando?

Eu tento viver nesta vida sanguinária e suicida e confesso a minha loucura quando penso em viver de literatura. Sou completamente insano. Deveria comprar uma metralhadora e incentivar uma guerra. Talvez um latrocínio???

Queria dormir morto para não escrever um poema sobre esse tipo de vida. Sinto-me castrado! Minha inspiração foi baleada... é baleada!

Quanto custamos? Até quando teremos que conviver diante dos nossos cadáveres?

Será que teremos espaço suficiente para enterrar nossos mortos?

Não sou aliado de ninguém. Não faço parte de nenhum grupo político. Não pretendo conseguir nada além de uma vida melhor.

Devemos fazer nosso dever de casa: Educação, respeito, amor, cidadania, hombridade, honestidade...

Sinto-me amordaçado e algemado...

Condolências não devolvem os que partiram.


Alexandre Hallais
P.S. - Todos os direitos reservados da foto para o site: http://meuslivros.weblog.com.pt/arquivo/Prisao.jpg
Muito obrigado!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Homenagem a belíssima MY MICHELLE




Querida amiga,


entrego a felicidade por conviver com você aos quatro cantos deste mundo. Saiba que gosto muito de você.

PARABÉNS! MUITAS FELICIDADES!!!


Boa noite My Michelle!

O mundo aprecia tua proporção harmônica envolto pela fragrância difundida pela tua expiração.
E seguem...
Dias deixando o sol desnudo, obcecado pela silueta digna,
que prima com destreza, dosando a beleza
para aqueles raios ornar com iluminuras
compondo morena a derme,
salientando o tempero em teus olhares.

Bendito Deus que te abençoou!

Deixe teu gosto nas tuas maneiras,
Teus pedaços na tua vereda e continue...

Após um encanto da tua modéstia e
Com o firme tom de tua sugestão vocal
Curva-se a corte celeste
Por teu coração ser desigual.

Parabéns My Michelle! Você é uma amiga maravilhosa. Que Deus te conserve deste jeito e te dê tudo de bom.

Homenagem no blog: www.ocasulodoescritor.blogspot.com

(Hallais, Alexandre – Rio de Janeiro, 07 de julho de 2008)
P.S. - Esta belíssima carioca é esposa de meu "irmão" Diego Heinze... que também é belíssimo. Pessoas maravilhosa!!! Amo vocês!

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Marionetes



Nossos lindos e perfeitos dias de escravos.

Vivemos escravizados pelo capitalismo e dependentes de açúcar.
Dependência que destrói o exercício civil de sermos melhores.
Vivemos hipnotizados pelos letreiros luminosos, pelos anúncios de pele seminua.
Nossa base familiar está soterrada nessa sujeira insólita.
As raízes desse mal percorrem as margens, os limites do absurdo.
Quem é mal? O que é mal?
Engolimos esse engodo por muitos apreciados, mas até quando?
Até quando?
A tentativa indecorosa de ser bom leva um homem a loucura, e este
É levado para o hospital dos normais: o hospício.
Quem é mais louco?
Vamos gastar dinheiro e comer nossa imundície!
Vamos viver de forma precária, vomitando para não engordarmos.
Vamos ser modelos, todos nós, modelos em estado de degradação.
Vivemos banalizados e mutilados de nossos desejos, pois deixamos
Uma manipulação imposta hospedar nosso eu.
Vivemos nos matando, pois achamos a morte uma forma de sobrevida.
Ergamos nossas justificativas, enquanto inflacionamos nosso cotidiano...
O roubo é soberano, é uma atitude de sobrevivência? Não sei.
Rir despretensiosamente enquanto a maior parte do povo se esgana...
E ainda te chamam de socialista???
Conspiração?
Vivemos na reencarnados em nosso próprio corpo tentando achar algo de útil,
Enquanto a futilidade suga nossa alma
E a luxúria contorna nossa carne.
30/06/08

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Qual a diferença???


Guerra Civil!

O mundo anda estranho
Hoje, mata-se por discussão de trânsito!!!
O mundo parou estranho.
Distorcido, ferido, difuso, confuso,
O mundo estranhamente esmoreceu.

O mundo anda capitalista demais e pálido como sempre,
A maior epidemia é o ser humano
Que transmite a raiva,
Que transmite a peste “sapiônica”.

O mundo anda barulhento por disparos,
Por corpos caindo ao chão,
Por sirenes de viaturas na contramão,
Pelo silêncio de crianças dizimadas
Em seu vasto campo de concentração.

O mundo “sorri entre os dentes”,
Amarelo e encardido,
Manchado pelo sangue da própria bandeira nacional,
Ausente por excelência
Adaptado,
Baseado em fatos reais.

Choram as mães entre os filhos,
E os soldados civis entulham a paz
Emendam histórias
Desmistificam crises abolicionistas
Enterram a paz ao lado...
O mundo anda muito ocupado!!!

(Rio de janeiro, 26 de junho de 2008)
Alexandre Hallais – Morador do Rio de Janeiro... cidade sitiada pelo medo, pelo terror, pelo caos, pela impunidade, pela demência, pela violência...

Trégua!!!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Solta

Desgraça de bagagem que levada foi
Com a lama nas unhas, removendo
Outros vestígios ainda
Por chegar.
De lágrima a água tirada foi
Embebeu a fino trato entre andaimes de velado calor
“Passado” é a conjugação do futuro
Entre pedaços espalhados
Reunidos pela densa bagagem imposta.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Chegada

Ela se foi:

- Para toda partida há uma chegada... Gritei!

Ela se foi!

Eu tenho esperado, mas por onde anda a saudade?

P.S. - Neste regresso... estranho tanto quanto a pausa, deixo um beijo especial demais para Kari e Marcos... Queridos, amo vocês!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

... continua

Não mais

Queria poder não amar!
Não chorar de medo, quem me dera...
Queria deixar a terra áspera granular por meus dedos
Como quem deixa os dias de desespero enterrado
Nas pilhas de folhas secas varridas anteontem.
A dureza temível por alguns e invejada por mim,
Entrando sem dizer nada,
Sentando em meu semblante,
Emitindo o tom velado de um “surdo”.
Queria não poder...

...

Abortar minhas aparições e tornar-me
Inanimado...

Queria poder!

Apenas desfazer o que nunca fiz
E
O que por fim cometi
Condenar-me sem direito algum...
Queria poder cumprir pena
Julgado por mim,
Preso para não amar
Longe e enclausurado,
Sem as expressões
De um rosto dolorido e cansado.
(hallais, Alexandre – rio de janeiro, 11 de junho de 2008)

terça-feira, 22 de abril de 2008

Ponto final?

Deixo um ponto neste espaço.

Talvez não tenha a habilidade correta, ou talvez eu não seja quem desejei ser algum dia.
Fica um traço de menino e um sonho ainda latente.

Não encontro tempo para o tempo me ajudar a ser o escritor que acreditei, mas certo da minha indecisão é que deixo este espaço tão emocionado quanto o dia que criei. Não sei se será um até logo ou um tchau com os olhos molhados e a cabeça baixa.

Deixo poucos, mas sinceros amigos. Amigos que conseguiram por meses a minha total atenção e carinho sem dizer o amor.

Gostaria de confessar que continuarei a carregar vocês em meu coração.

Apenas fica... a saudade pintada em um sorriso modesto e pelas palavras o lúdico sonho de escrever.

Um beijo para quem gosta do tal moço que um dia sonhou...

ahallais@hotmail.com

A paz! O amor!

Alexandre Hallais

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Onde?

Onde andar é somente caminhar sem medida de tempo, sem pressa...
Onde ouvir é esquecer-se de enxergar...
Onde estar bem é ser do bem... é fazer o bem.
Onde a chuva é molhada pela felicidade.
Onde sorrir é melhor do que falar.
Onde ser é nascer pelos dias.
Onde a prisão é a liberdade de gestos, atos.
Onde um abraço é o início de...
Andar é...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Metade de mim

Sinto um cheiro de terra...
Um vento parindo chuva
Um olhar perdido
Encontrando a saudade
Sorrindo a vontade
Sem piedade
De sonhar
Com o que ainda está
Por viver...

segunda-feira, 24 de março de 2008

Exílo???

Exílio... em você


Despenca do alto de suas páginas
Provocando inquietação, queimação.
Perto de você, longe de mim. Quem está certo?
Desanda entre passos ritmados e vem na direção contrária
De encontro a mim, e esbarra...
Lança essa falta de jeito com o amor
E demora a se recompor.
Escuta tuas palavras atento quando eu ouço...
O meu silêncio é a forma de demonstrar toda minha atenção
Admiração e exagero.
Recua quando vier e quando for não desanime
Para trás???
Não olhe, ouviu?
Encontre razão para afastar-se...
Enquanto acho no chão perdida
A minha vida.
Você faz sentido, uma composição ora barata
Ora canção exata, conjugação dos meus dias,
Sujeito simples da minha oração coordenada...
De rezas e crendices.
Sereno demais, transpassa os braços entre meus deslumbres,
Acena que me quer e acaricia minha meninice,
Guarda teus pecados em meio ao impulso,
Devora minha juventude, devolve-me mulher
Para o mundo.
Faz justiça com teu jeito... somente teu...
Esse ar de desleixo e tua vão filosofia.
Decanta que teu encanto é primavera e onde mais espera
A voz sair para os ouvidos atentos
Canta que é linda tua voz
Sou de ti, e você pertence a nós
Dois...

Alexandre Hallais – Rio, 24/03/08

Você que leu... saiba que me faz muito bem...

VOCÊ ME FAZ... VOCÊ ME FAZ TÃO BEM...

sábado, 22 de março de 2008

Exílio... de mim.

Cobre meu corpo.
Reza e acenda vela.
Tampe minha palidez.
Flores eu não gosto... o cheiro.
Guarde meu peito,
Com minhas mãos,
Meu peito.
O preto não lhe cai bem, então,
Que seja branca a veste.
Sem choro.
Carregue para o calvário.
Enterre palavras.
Desfaz de mim.
Dance se possível for.Deixe calada e mais nada.

domingo, 16 de março de 2008

Quanto mais tentamos aparar o amor, mais ele escorre entre nossas mãos




Consumação mínima

Pronuncia desejo
Deixa entre
Dentes
A voz
Dizer
Amor.

Deixa a língua perdida
Embebida de
Nós
E
Silencia
Em gestos.

Enaltece a cumplicidade
Beira a ebulição
Torpe movimento
Inserção
Trégua
Encanto em
Demasia.

Cirza veleidade
Moldando a carne oposta
Perdendo
Fantasia
Vivendo em sua
Realidade.

P.S. - Créditos da imagem: tatyquer.spaces.live.com/

quinta-feira, 6 de março de 2008

BABI SOLER




Adoro os meus amigos. Essa casa sempre está de portas abertas para visitas e comentários. Todos são muito bem recebidos, pelo menos me esforço para isso acontecer.


Em outras oportunidas, eu já destaquei alguns amigos e o mais recente foi o gaúcho Marcos, que é um irmão. Gostaria de compartilhar com vocês da felicidade de ser lembrado por alguém. Não tenho o costume de trocar selos, mas é importante ressaltar a lembrança de alguém que me deu um presente sem pedir nada em troca.

Convido a visitarem o Blog "DE TUDO E TAL" da BABI SOLER... Respeitada amiga que me emocionou por sua lembrança e carinho. Deixo meu agredecimento público. Deixo meu muito obrigado!


Babi,


quando me sinto isolado, lembro que você está ao meu lado. Obrigado pela fraternidade e companherismo.

Fico feliz por saber que não saio da sua cabeça e saiba que você é muito querida por mim.


O texto abaixo, além de ser dedicado à BABI, também é dedicado:


KRIKA (ESTOU MORRENDO DE SAUDADES... COMO FAZ FALTA... VOLTA...)

MARCOS

KARI

JANA (JANAÍNA ROVARI)

MENINA LUNAR (QUE MANTÉM UM TEXTO QUE ESCREVI PARA ELA... OUTRA QUERIDA)

THAYSSA

ADRIANO VERÍSSIMO

MICHELLE

ISMAEL ALEXANDRINO

LIBÉLULA DA NOITE

LUMA

CLÁUDIA IARA (ESTOU COM SAUDADES...)

CAROLINA (PARE, OLHE: RESPIRE-ME)

RETICÊNCIAS ( PREFIRO APENAS "..." - SAUDADES)

TEXTOS COM HISTÓRIA

A LINDA THAYNAH - THE NEW MOON IS MINE...

MORENA

LUCIANA RÊGO



A voz da felicidade


As palavras me vestem de alegria,
Estendo a toalha, ponho a
Mesa da felicidade
Para desfrutar do banquete
Da amizade.

Entra pela porta
Ou pela janela,
Invade,
Preenche o vazio da casa,
Dissemino saudade imensa
Por ti,
Que me faz bem.

Silenciosa leitura
Acompanhada pelas pontas dos dedos,
Suspiro,
Sorriso,
E os braços abraçam o próprio corpo
Tocam o texto
Consomem...
Envolvem as letras
Com
Amor fraterno.

Lacrimejam olhos
Um estado irrefutável
Como o carinho das ondas
Na areia branca e macia...
Como uma nascente de água pura
Que sacia a alma...

(Alexandre Hallais – Rio de Janeiro, 05 de março de 2008)


Beijos especiais para Babi...


Outros muitos especiais para meu querido e amado amigo William... Maluquinho... Will.I.am ... ou simplesmente Will.


Fiquem na paz.


P.S. - Créditos da imagem: http://admirado.files.wordpress.com/

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

O conjunto da Obra

Ingressos recolhidos?

Todos nos seus respectivos lugares??

Quem disse que a poesia está morta?


Bom, tenho um amigo, um irmão gaúcho (Marcos Ster) e ele me enviou um texto que era uma poesia. Ao ler o texto, fiz minhas considerações que acabaram por dar formas a continuação das linhas dele...


Segue o texto do meu amigo com minha parte, espero que gostem...


Pombo
Não sou lindo.

(A beleza é passageira!)

Quem ocupa este posto é o pôr-do-sol.

Não sou amado. Muito menos desamado.

Amado é aquele mendigo

encuralado pelas grades do sempre.

(Marcas). Sigo meu vôo.


Beijos do pombo.


Eu.


Marcos Ster


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Querido amigo,
texto bem redigido...

parece ter sido

escrito

por um anjo abatido

interrompido

ou contido

pelo excesso de seu amor,

que chegou a debruçar na flor

e esta não soube fecundar

esqueceu de orvalhar

e por isso podou o anjo

de voar.


(Alexandre Hallais)



Marcos, tu és irmão... Como já te falei, apesar da distância nossa amizade é bem próxima...


Todos os créditos para esse maravilhoso escritor... MARCOS STER -

Palavras de um mundo incerto


Fiquem na paz.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Olha lá quem vem do lado oposto... (Los Hermanos)




Vejo poucos, mas continuo enxergando. Falo aos poucos, mas continuo falando... somos nós que centralizamos as verdades e condecoramos a hipocrisia?



Poucos são os braços que mantêm a posição: equilíbrio.Confesso que os meus estão cansados e erguer meus dias estão bem trabalhosos. Levantar meu pensamento é um sacrifício e ao redor... meu caderno pautado vazio, meu diário eletrônico mudo, pelado, severo comigo.Não pense que faltam palavras porque essas quebram em praia deserta e paradisíaca, o que há???Uma solução indigesta de indícios de mediocridade em turvos objetos incapazes de reluzir a verdade que insiste em iluminar meu caráter. Tenho sede de adentrar em vidas remotas e descobrir o lençol sobre sol das manhãs. Não concordo com a vida que é citada nas manchetes, mas minhas notícias não são lidas... sinto-me escrito por transparência.Não tenho o dito equilíbrio tão recomendado por especialista, pois em meu mundo os especialistas cometem enganos e os terapeutas procuram fazer análise e eu incito uma diversidade absoluta e desregrada capaz de confundir ao próprio criador.Levantar para onde quer que seja é capaz de consumir minha última força que é produzida, mas não armazenada em meu corpo lúdico. Tenho sérios distúrbios obsessivos de consertar o mundo, de fazer algo de bom para a humanidade.Repare em meu sorriso prevenido, estancado, quase um grave entre os agudos temáticos que formam o coro. Causo incompreensão, acredite.Espero não destronar os arbustos da vaidade humana em eleger os ditos preferidos e matar os tolos infelizes que não se enquadram no estereótipo do inconsciente coletivo.Equilíbrio é para os poucos loucos que conseguem respirar a merda que somos obrigados a inalar, enquanto nos desrespeitamos continuamente.



Cortejo fúnebre

De repente um pouco passa entre nossos dedos,
Acompanhado de impotência e sentamos na primeira fila
Para assistirmos o drama anunciado.
A morte é um aborto espontâneo ou provocado?
A morte é o resumo de onde conseguimos chegar,
Uma estação vazia
De um lugar, por todos, abandonado.
Pouco se fala por questão ética,
Melhor não tocarmos no assunto?
A morte é um clichê, um bordão, quem sabe?
Um desfecho para o grande palco da vida...
Sejamos capazes de acompanharmos o cortejo...
A vida pare a morte
Amordaçando o amor
Alimentando a saudade.

(Rio, 22 de fevereiro de 2008)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Minhas férias

Bom dia amigos...

Estou de férias! Acho que vocês devem te notado, pois estou muito afastado.
Estou sentindo uma falta de vocês que nem consigo mensurar.

Estou na Ilha Grande - RJ... sou obrigado a beijar esse chão abençoado...

Radicais Livres

Leio suas palavras apesar de minhas cegueira
escuto sua voz através da minha surdez,
e meus dias são mais quentes apesar do teu inverno
eu sei pôr a chaleira para ferver.

Deixo suas mãos soltas para te dar a noção
do que é andar sozinha.
Em instantes, contorno tua cintura e a exponho:
giro seu corpo e a lanço ao ar.
Sei que meu sorriso fecunda teu peito,
crio amor sincero e respeito...
O que acha?
Dar de comer ao bem querer
deixar a vontade se tornar prazer em degustar
paixão, com voracidade.
Perto, não precisa limpar
deixa correr frouxo que os dias se formam
se juntam
como as palavras que pronuncie em seu ouvido.
Deixa o lugar à mesa,
que servirei amor para dois...


Beijos meus queridos amigos e obrigado pelos comentários. Assim que voltar eu dou uma passada em cada um de vocês...

Beijos especiais: Krika, Marcos, Kari, Menina Lunar...

Os outros beijos seguem para todos aqueles que sentem algo ao ler meus textos. Saibam que sem vocês eu não existo e meus textos ficam sem importância. Escrevo para vocês.

AMO VOCÊS

BEIJOS

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Ranhuras




Elvira

Enquanto pronuncio teu nome abreviado,
Engulo teu mar
Nado em felicidade.
Ter esse poder de descoberta
Essa sensação de porta entreaberta
Deixando a cegueira me guiar
Perdido na tua boca devagar.
Sem pressa de ir embora
Voltar ao coração seu,
Eu quero teu cheiro
Eu preciso me trancar na tua liberdade.

Guardo meus pecados de outros dias esquecidos
Lavo as mãos em sua coragem de viver
Persigo meu presente respirando minha alegria
Que só encontro quando vejo você.

Sei mais de mim por deitar ao lado seu,
Por folhear suas páginas de uma vida bem escrita e
Quando da tua alquimia o café é bebido,
Eu não sei o que é certo
Apenas imagino...
E os momentos são eternos
Corridos de braços abertos,
Sem esperar nada encontrar
Sem cobrar
Deixando a vida resolver...

Vejo meus pés e enxergo os passos seus
Toco nas lembranças que pintamos em conjunto,
Encontro algo que nunca perdi, mas achei em você.

(Hallais, Alexandre – Rio, 22/01/08)

sábado, 19 de janeiro de 2008

Breve

Havia resolvido perder por ter me cansado de ganhar,
queria saber qual era o gosto de me acanhar.
Seria fácil de entender, a razão de me perder,
mas o que gostaria era a chance de nunca mais voltar.
Havia ido sem troco no bolso,
fazia da vida platéia eterna,
e precisaria apenas encontrar alguma porta aberta.
Havia me esquecido de sonhar acordado,
resolvi sair completamente destrambelhado.
Havia chorado, mas sem razão para sofrer,
apenas um fardo
criado e calculado.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Carta




Boa noite!


Já estava morrendo de saudades de vocês.



Carta à Monike

O lado melhor de chorar um amor
É conseguir lavar os olhos
Para enxergar que o mundo não partiu.
Apenas ela se foi!
Mas o mundo está aí
Colorido e sonoro,
Mas como?
Mas como esquecê-la?
Então pauso a prosa
E pego um pincel, tinta acrílica e uma tela...
Pinto uma voz!
Passo a mão no violão e desarrumo a casa.
Quebro uns pratos e espanco a almofada,
Sinto desprender-me do ar,
A vertigem, lentamente, vai me segurando,
E por alguns, intermináveis instantes eu fico;
Boca, baba, chão e olhos quase congelados.
O lado pior de ser eu
É carregá-la para sempre,
Porque o amor
Mesmo ingrato é inesquecível.
Os anos vão passar...
Mas a fragrância não sairá...
Sempre dará uma sensação de conforto
Daqueles seus abraços.
O lado engraçado é chorar
Ao vê-la longe,
E sorrir de tristeza por ainda
Escutá-la em meus ouvidos nostálgicos.
Angústia é esperar
Uma tempestade,
Sabendo que as inundações poderão
Levar-me a insensatez.
Conselho à Monike: atire-se em pleno precipício
Quando escutar a primeira trovoada,
Somente para sentir-se...
Você
Novamente.

(Hallais, Alexandre – Rio de janeiro, 28 de março de 2006)