Hoje é dia de Sarau! Letras e expressões!!!

Enquanto abandono, o vazio é o próprio espaço das almas deixadas de lado

Não faço nada demais,
Eu não puxo a cadeira para a
Solidão,
Deixo o vazio penetrar no mundo
Que há fora,
Dentro dos limites de quem pensa
Em mim.
É quando vejo desabrochar minhas
Garras, que
Sinto o soluço das vítimas
Ou meus casos mal solucionados,
Sem pistas,
Sem nada a declarar.

Não faço nada para ser eu.

Não cuido de ninguém, muito menos
Ajudo comunidades carentes.
Quero apenas puxar a cadeira vazia
Para o espaço descansar os pés e apoiar
Os tentáculos sobre a mesa,
Enquanto tranco e
Dou as costas para o azedume:
Que fique aquela sala só, repleta
Daquele espaço deixado de lado,
Por outros,
Que apenas cuido para preencher
Páginas que não merecem minha caligrafia.

(Hallais, 01/01/07)

Abraço o descaso e faço da terra chorada, próspera!

Deixo fecundar, espero crescer e dar frutos.

Sou meio assim: adoro lamber a flor.

Inércia!!!

Que balas são essas que vivem perdidas?

Que balas são essas que não são doces?

Morremos pelas mãos da violência, sem tempo de pedirmos... perdão!

Perdão pelo que não fizemos, mas temos que pagar com nossas vidas.

Não podemos nos acostumar com as tragédias. Depois da tragédia da TAM, que tenho o maior respeito, pouco se fala da crueldade feita ao anjinho João Hélio (que Deus o tenha). Sei que a dor dos familiares daquele vôo é enorme, mas é da família do menino? E da família do Rodrigo Netto (guitarrista do Detonautas)? E de tantos outros que se foram?

Não podemos e não devemos deixar cair no esquecimento as dores da vida.

Talvez as balas não estejam perdidas, mas sim a humanidade.

Levarei minha poesia para lavar o sangue das mãos dos insanos. levarei meus textos como hinos de paz.

Mudarei o mundo!

Ana Beatriz

Querida Bia,

quando você veio ao mundo, nasceu em mim um amor, uma paixão, algo tão grande e bonito que fica difícil de escrever.

Primeiro você era miúda e completamente indefesa. Lembro dos teus primeiros chorinhos no quarto da vovó. Lembro dos teus primeiros sorrisos, das primeiras roupinhas, dos primeiros passos. Lembro do teu primeiro tombo, das primeiras palavras, das primeiras travessuras.

Havia nascido a bela Ana Beatriz!

E o tempo vai passando e você crescendo e crescendo... Não me chama mais de "Tio chiuali" (Tio Ale). Agora você fala bem explicadinho, não é?

Pois é, você está crescendo e o tio fica, a cada dia, com o coração mais feliz.

Porém, fico preocupado com este mundo descabido e descabelado, onde o certo parece ser errado e o errado parece ser o certo.

Queria estar com você todo o tempo para te proteger!

Te amo muito!

Bia, saiba que tua família te ama demais. Você é nossa gracinha, nossa felicidade, nossa "bailarina".

Agradeça a Deus o paizinho que Ele te deu. Teu pai te ama muito e quer o teu bem.

Olhe sempre para os olhos dele e enxergue o amor de Deus.

Abrace-o, pois a vida é breve.

Bia, o texto que o tio fez para você está no livro, mas como você está aprendendo a escrever as primeiras palavrinhas, eu resolvi postar o poema que fiz para você.

Nós te amamos, mas teu pai te ama muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito... ...mais!

Bia

Dançava a Beatriz
De maiô rosa
E sapatilha branca
Girava e sorria
A livre Beatriz
Ela que me quis
Aos meus braços eu fiz
Piruetas e gargalhadas
Abraçando Ana Beatriz

Que Deus te proteja e te dê sabedoria para saber o certo e o errado.

Uma questão de educação

Sexta-feira e... com licença. Poderia ser essa a frase ideal para pedir passagem, mas não é o que escutamos. Vejo que estamos esquecendo dos bons costumes, velhos hábitos. Hoje, o panorama é radical. Achamos que é bom empurrar os outros e "pisar" na boa educação.

Chique é ser educado!

Chique é pedir com licença, ou por favor, ou por gentileza. Vale acrescentarmos palavras de carinho como: querido(a).

Chique é dar bom dia para todos que encontramos pela manhã.

Mas fazemos o contrário. Já chegamos para trabalhar com "cara de poucos amigos". Sentamos e pronto. Isso para não falar da condução apertada. Entramos pisando e saímos cuspindo.

O elevador então... ninguém olha nos olhos do outro. Vergonha? Melhor dizer que é falta de educação.

Acho que estou velho. Gosto de pedir gentilezas, distribuir sorrisos... gosto de falar: bom dia amigo. Gosto de abraçar os outros.

Vejo meninas e meninos lindos, mas sem um pingo de educação. Por que não podemos amar indiscriminadamente.

Por que amor, hoje em dia, é confundido com sexo!

Sejamos chiques e deixemos essas bobagens para lá.

Quem não gosta de receber um carinho, um abraço, um bom dia, um sorriso?

Deixemos os péssimos hábitos de lado. Vamos encher a boca de belas palavras e bem pronunciadas e assim começaremos mudar a vida.

Vamos começar agora!

Quando foi a última vez que dissemos "eu te amo" para nossos pais?

Está esperando o quê? Vai lá. Pega o telefone, ou entre no carro e faça imediatamente.

Depois não adianta chorar!!!

Vamos respeitar a vida. Vamos ser educados!

Respeito!

Eu, eu mesmo e meus CD's

Às vezes fico admirando meu pequeno castelo de Cd's. Uma parte da casa, a sala, que eu passo horas. Muitos desses CD's foram responsáveis para curar: lágrimas, desespero, fúria, ressaca...
Outros destes ditos emprestaram suas canções para: um amor, uma felicidade, uma vida...

Tenho ciúmes de todos eles. Quero guardá-los! Escutá-los!

É melhor atualizar os dados e ficar atento ao que está "rolando" por aí...

MOPTOP, Ramirez, Latuya, Luxúria (Meg é sinistra), Canto dos Malditos na terra do nunca (Grande Andréa Martins), Anna Luísa, Barba Trio, Acústika e outros.

Essa música do MOPTOP é muito boa... Gabriel Marques!!! Muito boa!


UMA CHANCE

Não me espere Eu tenho que partir
Tenho pressa Cansei de não agir

Tentei esquecer Tentei correr do agora
Tentei esconder Me entorpecer de calma

Se Deus lhe desse só uma chance
De conquistar o seu império, o seu castelo

Não me peça para manter a calma
Não me peça para frear
Não me peça para manter a calma
Não tente me impedir

Não me espere Eu tenho que fugir
Tenho pressa Cansei de me omitir

Se Deus lhe desse só uma chance
De desvendar o seu mistério, o seu segredo

Não me peça para manter a calma
Não me peça para frear
Não me peça para manter a calma
Não tente me impedir

Letra e Música: Gabriel Marques


Bom... Vou dormir. Amanhã será um dia especial, pois acordando, eu terei mais um dia de vida!

Ouçam MOPTOP

Borboletas que nunca foram casulos

EXTRA! EXTRA! EXTRA!

Acabo de ser comunicado do nascimento do meu livro.

Meu filho nasceu e passa bem, obrigado!

Muita emoção!

Meu sonho e minha vida em 104 folhas.

P.S. - Continue olhando por mim, Sr. Armando.

Tempo nublado!

1/4

Quero respostas cruas
Para depois do começo
E se daqui já não te vejo
Não me diga que não foi bom o que viveu.
Você não sabe quem sou?
Nem eu!!!
Melhor fugir...
Deixa vir, senta cá!

Não encare a saudade
O contorno do amor
Por que assim eu acredito
Que drama!
Bobagem!
Não fique de longe
Coragem pra viver e aprender...
As horas não voltarão...
Atrás...
De mim!

Seja o que for
E na direção que decidir
Se perder...
Escute minha voz de fundo
Quando chorar
Sentada nas pedras do mar!

(Hallais, Alexandre – Rio de janeiro, 18 de abril de 2006)

Nó de gravata

A vida é um nó de gravata que enforca!

A vida é camisa que não cabe,

é uma música que não toca,

é uma corredeira sem água.

Hoje o desespero é motivo para beber.

Beber até cair,

beber até não poder mais

saber voltar para casa.

E lá vai nossa aviação...

"Fazemos filas enormes e esperamos muito:

uma hora, cinco horas, dois dias...

Para morrermos."

Lamentável Srs. engravatados.

Deus está lá.

Lá em cima!

Não vê?

Então Martha S. relaxa e goza,

pois o inferno te espera!

Brasil (por favor) mostra a tua cara!

Melanoftalma

A tarde, com você, é mais bela...
Como primavera.
O teu boa tarde
Tem gosto de melado,
E antes que eu seja tocado,
Digo que já sou apaixonado.
A ventura de desejar,
boa tarde,
ao longe se vê
indo a outra,
tarde,
enquanto novos desejos
são planejados.
Heróico e bravo eu,
daqui a pouco dormirei,
tarde,
longe da tua elegância,
deitando impulsos e amordaças,
Palavras escassas
Revezando lágrima e saudade,
Mãos e lenços de papel.
A tua boa pronúncia de tarde,
Soa tarde, saudade do que se foi.
Longe dos empecilhos cotidianos
de nossas vidas confusas,
E nossos excessos de problemas pequenos e
Mal resolvidos.
A deformação é a incapacidade de aniquilar o conteúdo
Para deixar a alma mais vazia e transparente.
Nunca é tarde para dizer
Boa tarde!
Seja a tarde que for,
no lugar que estiver,
As tardes são parecidas,
Insossas,
Sem a tua Boa tarde!
(Hallais, Alexandre - Rio de janeiro, 08 de dezembro de 2005)

O prazer de reunir meus dois grandes amigos: Will e Paty.
Obrigado pelo amor e amizade. Essa tarde foi maravilhosa.

Sobre o livro:
Está chegando a hora... Está tudo pronto! O lançamento será em breve.
Início de agosto.

Um fato muito importante é que a Fernanda está com suas "borboletas que nunca foram casulos" aqui no Brasil - RJ. Fê, estou morrendo de saudades de vocês. Será um prazer recebê-la no lançamento do livro. Estou morrendo de saudades das pequenas também.
Pessoas boas fazem o bem. Pessoas boas são anjos que ajudam a vida. Pessoas boas amam. Pessoas boas são "borboletas que nunca foram casulos".
Pequenas borboletas, amo vocês pelo simples fato de vocês existirem. Borboletas que encantam qualquer um. Borboletas que desfilam a beleza pelo mundo. Pequenas, vocês realmente são "As cores da minha primavera".

Muitas saudades.

Amo meus amigos e o mundo.

Respeito!

Projeto Caos

Quem governa uma nação?
Contamos nossos mortos, como cartas descartadas de um baralho usado. Usam de ironia ao deixar o povo preso em aeroportos, aviões, em covas...
Paramos para assistir ao imbecil de um político dando entrevista aos jornais televisivos.
É preciso lembrar de nomes e méritos conquistados desses “ilustres” políticos. Precisamos lembrar da politicagem exercida por esses engravatados, que fazem de trampolim a rampa do Palácio do Planalto.
É preciso lembrar de comentários como: “Relaxa e goza”.
Quem governa uma nação?
Essa raça esquizofrênica possui um apetite enorme de poder e dinheiro, mas o povo tem que levantar a cabeça e caminhar.
Também não adianta sairmos queimando carros e destruindo nosso patrimônio. Precisamos nos organizar e fazer uma rebelião muda. Com flores na mão e os braços cruzados.
Precisamos resgatar o amor fraterno e deixar germinar dentro de cada um a semente da justiça, igualdade e amor.

Reclamar na fila do banco... Não adianta!
Reclamar com o vizinho... é solúvel.

Precisamos lembrar desses malfeitores, desses bandidos de gravatas que andam como vampiros em nossa sociedade. Porém, também devemos parar com essa mania de querer levar vantagem em tudo.

Podemos para o Brasil com nossa união. É uma questão de cidadania e respeito pelo sofrimento de tanto que perderam os seus.
Podemos escrever páginas mais limpas!
Quem governa uma nação?

Enquanto casulo...

A meia-haste


A cidadania desmancha com a falta de habilidade que nós temos em nos organizarmos. Vejo um cenário obscuro ou obsceno no amarelo de nossa bandeira. Sentar e ficar reclamando sobre os acontecimentos, com certeza, não é a melhor solução. Devemos abrir a boca e disparar palavras de boa conduta, mas também devemos esticar as mãos e levantar aqueles que estão necessitando de uma simples ajuda. Uma ação imediata pode ser um pedaço de pão, porém se conseguirmos criar frentes de trabalho, essas famílias desamparadas conseguirão ter a dignidade restabelecida.
O problema é o jeito que nós abordamos os fatos e o foco que direcionamos nossas câmeras. Porque temos que conviver com esse país das inversões? A sociedade está invertendo a boa educação, mas é nosso dever apresentar aos semelhantes um prato mais caprichado, um adorno mais florido, um Brasil mais colorido...
Deixar o preconceito de lado é o início de uma trajetória heróica. Apertar com força o corpo franzino de um menino de rua e falar coisas bonitas. É de importância suprema a poesia, a verdade, a nudez de nossas almas, para torná-los verdadeiros cidadãos preparados para encarar a desigualdade, que tenderá a desaparecer.
É de boa índole coser o verde de nossa bandeira as roupas rasgadas pela vida desse povo, nosso povo: nós! É provável que consigamos mais estrelas brilhando no azul de nosso Pavilhão.
Façamos mais pelo semelhante, sem pedir ou exigir nada em troca.

Alexandre Hallais – 19/07/07