Vejo poucos, mas continuo enxergando. Falo aos poucos, mas continuo falando... somos nós que centralizamos as verdades e condecoramos a hipocrisia?
Poucos são os braços que mantêm a posição: equilíbrio.Confesso que os meus estão cansados e erguer meus dias estão bem trabalhosos. Levantar meu pensamento é um sacrifício e ao redor... meu caderno pautado vazio, meu diário eletrônico mudo, pelado, severo comigo.Não pense que faltam palavras porque essas quebram em praia deserta e paradisíaca, o que há???Uma solução indigesta de indícios de mediocridade em turvos objetos incapazes de reluzir a verdade que insiste em iluminar meu caráter. Tenho sede de adentrar em vidas remotas e descobrir o lençol sobre sol das manhãs. Não concordo com a vida que é citada nas manchetes, mas minhas notícias não são lidas... sinto-me escrito por transparência.Não tenho o dito equilíbrio tão recomendado por especialista, pois em meu mundo os especialistas cometem enganos e os terapeutas procuram fazer análise e eu incito uma diversidade absoluta e desregrada capaz de confundir ao próprio criador.Levantar para onde quer que seja é capaz de consumir minha última força que é produzida, mas não armazenada em meu corpo lúdico. Tenho sérios distúrbios obsessivos de consertar o mundo, de fazer algo de bom para a humanidade.Repare em meu sorriso prevenido, estancado, quase um grave entre os agudos temáticos que formam o coro. Causo incompreensão, acredite.Espero não destronar os arbustos da vaidade humana em eleger os ditos preferidos e matar os tolos infelizes que não se enquadram no estereótipo do inconsciente coletivo.Equilíbrio é para os poucos loucos que conseguem respirar a merda que somos obrigados a inalar, enquanto nos desrespeitamos continuamente.
Cortejo fúnebre
De repente um pouco passa entre nossos dedos,
Acompanhado de impotência e sentamos na primeira fila
Para assistirmos o drama anunciado.
A morte é um aborto espontâneo ou provocado?
A morte é o resumo de onde conseguimos chegar,
Uma estação vazia
De um lugar, por todos, abandonado.
Pouco se fala por questão ética,
Melhor não tocarmos no assunto?
A morte é um clichê, um bordão, quem sabe?
Um desfecho para o grande palco da vida...
Sejamos capazes de acompanharmos o cortejo...
A vida pare a morte
Amordaçando o amor
Alimentando a saudade.
(Rio, 22 de fevereiro de 2008)
De repente um pouco passa entre nossos dedos,
Acompanhado de impotência e sentamos na primeira fila
Para assistirmos o drama anunciado.
A morte é um aborto espontâneo ou provocado?
A morte é o resumo de onde conseguimos chegar,
Uma estação vazia
De um lugar, por todos, abandonado.
Pouco se fala por questão ética,
Melhor não tocarmos no assunto?
A morte é um clichê, um bordão, quem sabe?
Um desfecho para o grande palco da vida...
Sejamos capazes de acompanharmos o cortejo...
A vida pare a morte
Amordaçando o amor
Alimentando a saudade.
(Rio, 22 de fevereiro de 2008)
4 comentários:
Bah, irmão, senti o seu perfeito desgosto com essa doença que contamina muitos de todos nós desde 68.
A poesia, tua escrita transparente é proibida de ser proibida.
Estamos nessa irmão!!!
Um grande abraço pra ti!
Com carinho!!!
Marcos Ster
Lendo seu texto senti uma vontade enorme de gritar.
Posso,rs?
Uma bela poesia.
Ah! A morte... já tema de tantos poemas. Algo tão simples e para alguns tão apavorante. Algo pequeno e não apenas um fim... Enfim...
Beijos e saudades de tu!
Ah não moçinho!
Não agradeçe por eu vir aqui, que fica parecendo uma obrigação...
Nada disso! Venho e comento aqui pois gosto do que leio e tenho um carinho todo especial por tu!
Tenho sentido saudade das nossas conversas... Acho que vou te mandar um e-mail mais tarde, contando as novidades e querendo saber como andam as coisas contigo!
Um beijão!
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