sábado, 20 de junho de 2009

Canastra de lembranças

Créditos da foto para Alexandre Hallais... Um hobby... Nikon D60... Aprendendo a disparar. Thanks Elias. (Jardim Botânico Rio de janeiro)


Canastra de lembranças

Diz
Sentir o mar entrar
Quando raso está
Pra quê ficar?
Se onde as gaivotas pousam
Longe do cais; estais.
Por onde anda aquela febre?
E os pés descalços
Caminhando sempre para
Qualquer...
Lado for
Embale quinhentos gramas
De todo seu
Parco amor.

Roda, gira
Saia costurada com os retalhos
Nossos atalhos
Do fino trato do desencontro
Envelhecido sonho de querer
Adormecido pelo veneno...
Abra as janelas
Porque
Hoje sou você...
Abra tuas incertezas
Com a brevidade do teu amanhecer
Como as canastras que compôs
De mim,
Um palhaço aliás
Dos tempos que não passam
Teu pedaço
Que nunca foi inteiro
Apesar de homem verdadeiro
Guarde
O pôr da onda sobre a areia úmida
Como uma incisão da minha boca
No gosto da tua boca
Por onde for.

Um comentário:

Kari disse...

E tem coisa mais preciosa que as lembranças???

Lindo poema.

Beijos