sábado, 31 de outubro de 2009

São Paulo - Saudade da estrela

Longe de tudo da minha vida e perto do nada que uma vida pode me proporcionar, encontro-me em São Paulo. São horas perversas. São dias intermináveis.
Penso em terminar tudo isso. Minha saúde não anda boa... penso em lacrar minha boca e dar números finais a essa babaquice.

São dias que me perco e me destempero. Durmo mal. Acho que não preciso disso.

A falta que você me faz

Sei da solidão quando parto.
Sei do tempo quando longe estou.
O tempo é devagar. São segundos... uma lentidão.
Sei que me perco.
Nunca me encontro, quando estou tão longe.
Não tenho referência, muito menos endereço.
Não sinto vontade de rir.
Sei chorar...
Não sinto vontade de enxugar meu olhar caído.
Não sinto fome, mas conheço o medo.
Perco a fortaleza do par.
Sei do mal que faz a distância.
Conheço bem...
Não me conheço mais.
Não tenho mais meu rosto.
Não tenho mais meus passos.
Durmo mal!
Fico ausente do presente.
Um passageiro do meu corpo.
Sei chorar,
Mas finjo fortaleza
Para esconder minha tristeza.
Sei da solidão quando chego.
Sei do tempo quando contigo estou.
O tempo é ligeiro. São anos... que nem sinto...

(Hallais, Alexandre – São Paulo, 31 de outubro de 2009)

Um comentário:

Kari disse...

Também sei do mal que essa distância faz...

Ai como eu sinto saudade dos teus poemas, sabia?

E esse poema tão belo...
E tão dolorido...

Fica bem, tá?
E espero que a saúde melhore logo.

Um abraço bem apertado!
E um beijo de uma amiga que sente tua falta...