segunda-feira, 30 de junho de 2008

Marionetes



Nossos lindos e perfeitos dias de escravos.

Vivemos escravizados pelo capitalismo e dependentes de açúcar.
Dependência que destrói o exercício civil de sermos melhores.
Vivemos hipnotizados pelos letreiros luminosos, pelos anúncios de pele seminua.
Nossa base familiar está soterrada nessa sujeira insólita.
As raízes desse mal percorrem as margens, os limites do absurdo.
Quem é mal? O que é mal?
Engolimos esse engodo por muitos apreciados, mas até quando?
Até quando?
A tentativa indecorosa de ser bom leva um homem a loucura, e este
É levado para o hospital dos normais: o hospício.
Quem é mais louco?
Vamos gastar dinheiro e comer nossa imundície!
Vamos viver de forma precária, vomitando para não engordarmos.
Vamos ser modelos, todos nós, modelos em estado de degradação.
Vivemos banalizados e mutilados de nossos desejos, pois deixamos
Uma manipulação imposta hospedar nosso eu.
Vivemos nos matando, pois achamos a morte uma forma de sobrevida.
Ergamos nossas justificativas, enquanto inflacionamos nosso cotidiano...
O roubo é soberano, é uma atitude de sobrevivência? Não sei.
Rir despretensiosamente enquanto a maior parte do povo se esgana...
E ainda te chamam de socialista???
Conspiração?
Vivemos na reencarnados em nosso próprio corpo tentando achar algo de útil,
Enquanto a futilidade suga nossa alma
E a luxúria contorna nossa carne.
30/06/08

6 comentários:

Adriano DiCarvalho disse...

E me atrevo a dizer, mesmo sem conhecer pessoalmente o verdadeiro cidadão que assina estes textos tão comprometidos com a justiça e a igualdade(no caso você), que se o mundo fosse repleto de pensantes corretos e dignos como você, ele, o mundo, teria ares mais agradáveis e mais honestos que os de hoje, os de ontem, e infelizmente muito provavelmente os de amanhã também...

Parabéns pelo exercício da cidadania e pelo senso de humanidade sempre tão presente em seus prontos rascunhos.

Abraço, amigo!
E obrigado pelas palavras gentis de outrora.

BABI SOLER disse...

Infelizmente estamos sendo engolidos por tudo isso e nossas bandeiras de paz não tem surtido o efeito desejado.
E a pergunta que não quer calar: Até quando?

Um beijo!

Deborah disse...

Acho que a pergunta chave foi "O que é o mal?". Gostei muito do seu texto, agressivo e verdadeiro na medida certa, parabéns :)

Beijo

Marcos Seiter disse...

Bah, mano, esse poema devia ser lido por algum senador e deputado nas suas tribunas. Gostaria que eles sentissem na alma o desespero que passa esse poema, sobre a necessidade de se pensarem sobre suas obras financeiras e etc...

Abs meu irmão e bom domingo!!!



Marcos Seiter

Zek disse...

Casulo ?? pelo que li ja estás formado ..... muito bom teu texto, uma crítica muito oportuna....

Beta disse...

Nossa, muito bom ler o q vc escreve!!!