sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Carta para TAYNAH




Eu queria ser breve o bastante

para queimar e desaparecer:

Talvez...

um fósforo.


Taynah, meu casulo é seu casulo. A freqüência dos pensamentos me permite escrever e aliviar minhas dores, minhas chagas.

Desvio de parasitas, mas os vermes me atacam.


Taynah, o texto de hoje é exclusivo para você. Adorei seu comentário. Saiba que escrevi pensando no que você me falou e espero que de alguma forma, o texto seja um carinho e um abraço forte.



PARA TAYNAH - THE NEW MOON IS MINE...


Transtornos aleatórios e as validades vencidas

Cego pela afluência disjuntiva da camisa branca
De força
De cenários inanimados onde o sujeito homem
Transfigura
Predicados esquizofrênicos: insulto contra a parede.
A insistência de manter-se favorável ao vento litigioso
Aparente
Calma adestrada para a convulsão social...
Remediar com drogas fabricadas
Suprindo a necessidade da morte por momentos avassaladores
Onde desconhecer é mais racional do que perguntar.
Cego pelo agrupamento e a disposição dos indivíduos
Inócuos
Deixando a carne ser dissecada por suas próprias lâminas
Enchendo reservatórios de sangue
Para impregnar as imposturas testemunhadas.
Limite é a fronteira
É o direito esbarrando na insanidade ao lado
É criando atrito até que o conjunto de explosões
Fazem um êxodo à mesoderma: ação química maligna.
Brandir em dificuldades de organização
Enlouquecendo e rindo com o mal do século,
Bebendo com vírus, dividindo com a sombra do resto.
Apara teus contornos para que ninguém veja tuas desorientações,
Não há sala...
Somente o quarto de paredes acolchoadas...
Visitas?
Cego para rever os conceitos,
Os formulários guardam marcas da dependência de alguém
Que preferiu
Virar as costas.
Enquanto, cego,
Teceu um mundo de mentira para poder
Fingir clareza de inteligência
Erguido.


(Hallais, Alexandre – Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2007)


Espero que gostem. "Feito com carinho..." - essa frase poderia ser uma embalagem de pão. rs



quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Duas partes: Vida e poesia




Meus amigos, minha vida, meus amores... boa noite!


Resolvi escrever um post diferente hoje. A primeira parte, eu falarei da vida nua e crua. A segunda parte será o Alexandre Hallais de sempre, ok?


Será que terão saco? Sei lá!


Bom, deixe agradecer aos 20 comentários que meu último post recebeu... isso é recorde aqui no Casulo e tenho que agradecer a todos vocês. Sinal que poesia é imortal. Obrigado por todos os comentários e tudo que foi dito foi guardado em meu coração.


Também quero agradecer ao MEU AMORE... KRIKA - TPM pela indicação do prêmio MEME. Bem, fiquei bastante enrolado para entender do que se tratava, mas vindo de KRIKA, eu não tinha dúvidas que deveria ser algo genial. Minha tempestiva menina me explicou o que é o tal MEME, então resolvi indicar alguns blogs que acho FODA demais. Não quero que os outros se sintam excluídos, mas parece que tem de ser 10 no máximo... sei lá...

Bom, O MEME VAI PARA... (tecla sap, ou tradução simultânea):


- TPM e Krika - todas as reverências à essa mulher que é demais da conta;


- PALAVRAS DE UM MUNDO INCERTO e o Trilegal Marcão!!! - Foi o cara que escreveu para mim, quando postei no Clube da Insônia. Ele me inseriu... poeta, eu aprendo muito com você. Tenho sangue gaúcho...


- BOTANDO PRA FORA e Kari - ôu menina... minha doce Kari. Obrigado por seu toques. Sempre contigo, sempre obedecendo seus conselhos...


- RETICÊNCIAS ou apenas "..." e ops... não sei o nome da guria. Mas querida, seus textos são agradas de boas-vindas... você faz parte de um todo...


- MENINA LUNAR e Carol - Certa vez escrevi que gostaria de morar na lua... será que você lembra?


- O RETRATO DA NUDEZ EÓLICA e Claudinha - Arrepia mesmo que as palavras devem ser usadas...


- UMA TEQUILA POR FAVOR e Karol - Estou com saudades... muitas saudades...


- WELCOME, INTRUDER e Luciana Rêgo - Teus textos são dual layer.


- LUZ DE LUMA e Luma - Preciso falar? Visitem o blog...


- CARPEM DIEM e Micha - Aproveitem o dia, pois amanhã pode não chegar (não foi intenção a analogia com a música da Pitty).



Mudando de assunto...


Ontem eu iria postar, mas fui assaltado dentro do metrô do estado do Rio de Janeiro. Arma de fogo contra o peito. Fiquei sem o celular, sem o cartão de crédito e sem R$ 200,00 que iria comprar o remédio de minha sogra que está em estado terminal de câncer.

Certamente, os caras estavam precisando mais do que eu...


Esse é o reflexo do Brasil.


Ah! Desculpe Krika, mas não te contei da coronhada, mas apenas fez um leve corte e um hematoma. Mas continuo com minha vida... rsrsrsrs Não queria te preocupar!!!



Segunda parte... poesia e mais poesia (tomara que tenham saco de ler tudinho).


No livro da fé, li sobre o dia do esquecimento...


A agonia abraçada com o medo
Infundi pavor, acende o estopim e a noção do tempo
Torna-se reclusa em máscaras de porcelana
E entorna o pesar das passagens mais secretas,
Antigos caminhos percorridos
Antes, com luzes nas mãos.

O sentido de balançar de leve
O suficiente
Para desencadear um estrago nos cristais
Frágil
Desregrado
Sem a presença do cheiro de corpo
Que serviu de entrelaço.

Os copos caindo através das conjugações verbais,
Potentes para mãos inaptas
Deliciam-se com a censura leve,
Enquanto os pés descobrem o motivo
Da anestesia ... dos cacos... é...
Os cacos dos rostos...

O medo quando prova da inquietude
Insere agonia,
De certo, amanhã ele veste o esquecimento
Quando se materializa em oferendas,
Quase uma formalidade
Enquanto o ar pesa pelos pulmões
Deixando estranha a moradia dentro do corpo.

Se andar para trás corta mais os pés,
Mas se para frente for,
Talvez a loja de cristais desmorone
Catar vidros e ficar vagando, ou
Flagelar-se e chegar a lugar algum?

Uma agonia de voz embargada,
Um medo de voz alvoroçada e
As voltas com a dízima periódica
Onde desenhos são criados com as unhas:
Quebrar e comer...

O gosto do medo é utilizado para
Alquimia...
Para poções de veneno manipulado:
Defesa ou autodestruição?

Bem que os braços tentam se libertar...

Melhor adicionar adoçante neste café amargo
Que a garganta engole,
Misturado à secreção
Sem medir moléstia...

Questão de não olhar para trás
Decisão em seguir
Às voltas pelas voltas
Que lembra o esquecimento.


(Hallais, Alexandre – Rio de Janeiro, 26 de novembro de 2007)




segunda-feira, 19 de novembro de 2007

A poesia que fenece sobre a fé dos devotos




Tão raso quanto sou, mal posso perceber

a presença de alguém...

por aqui.




A poesia que fenece sobre a fé dos devotos

A lentidão deixa tão turva a imagem quanto a velocidade,
Desfoca
Contorna a nitidez, ultrapassa o limite,
Abdica a sensibilidade
Infringi a dimensão,
Range os dentes para o desvario
Protege-se do que não vem,
Deixa-se atingir pelo declive do corpo
Que tende a perder o incitamento.

A terra é esmagada pela raiva das mãos.
A terra lavada do sangue, alimentada pela carne
Fincada pela insígnia cruciforme
É detida em várias de suas fugas
Servindo de “manivela de realejo”
Erguendo a imundice presa ao braço falto...
Queda!

Queda!

Roja com penitência
Prende-se às grades do deslumbre humano
De certo modo
Entremeia riso e choro pela violação;
As árvores aspergem mais precipitações contaminadas,
Enquanto o céu desfolha e transmuta
Um cinza “coito forçado”
Penetrando o medo no olhar ignóbil
E para trás, além das manchas de sangue,
Marcas na terra.

Devora impurezas
Com a boca farta de ranhuras
Com a contração súbita de seguir
Sem a decência da distinção
Quão devagar
De vagar...
Sem o decoro...
Efêmero!

E a água ajuda a decompor a poesia
De braços estendidos,
De vestido rosa rodado,
Suja...
E a terra absorve as palavras separadas
Da boca semi-árida
Reprimida da liberdade...
E as folhas abrigam
Como mortalha
A obra inacabada.


(Hallais, Alexandre – Rio de Janeiro, 22 de outubro de 2006)

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Introspecção



Apesar de ser
Eu
Descanso deitado
Entre
Minhas palavras.
A mudez colhida madura
Alimenta meu gosto de
Me perder
Deitado sobre o que ninguém quer ler.

domingo, 11 de novembro de 2007

Vaso para orquídea



Muito pouco me faz feliz. Sou pessoa simples e de fácil convívio. Escrevo muito (quantidade de palavras) e sei que é cansativo. Voltarei às poesias, pois são mais curtas.

Sou pessoa que não desvia da pedrada, pois prefiro sangrar e assumir meus atos, do que esconder-me atrás das máscaras da mediocridade.

Vou deixar o vaso para uma orquídea.

Vou preferir o desfoque do que o enfoque.




Vaso para orquídea

O motivo que a faz feliz,
Que a deixa caminhar sem pressa,
Parar em uma vitrine somente
Para refletir sua alegria:
Mutiplicar! Elevar ao quadrado!
Quem consegue esconder a alegria?
Ela que o diga!
Sorriso franco, boa fluência,
Olhos caramelados, e
A vida levada pelos nobres ventos
Equatoriais:
Surgem sentimentos tempestivos,
Semânticos e adimplentes.
A atividade cerebral de boas-vindas
Exerce um domínio
Como entorpecente,
Aliás,
O cheiro da alegria entranha
Ainda mais
E mais,
Ao voltar do mundo
Para os braços dispostos a
Carregá-la...
Que o tempo decante
O passado torpe,
E condense os fios apaixonados
Para ela embolar-se no novelo.

(Hallais, Alexandre – Rio de janeiro, 28 de junho de 2007) às 17h20min

sábado, 10 de novembro de 2007

O que podemos fazer um pelo o outro?


O que podemos fazer um pelo o outro?

E não é que o homem tropeçou, “catou cavaca” e meteu a cara no chão. Eu ainda olhei para trás e reparei que havia um buraco na calçada. Voltei com meus olhos e fui acudir o cara. Ele deve ter ficado uns 30 segundos com a cara na calçada, talvez por vergonha ou por não conseguir levantar. Não importa, eu fui até o cara e estendi a mão. Aquela mão áspera e parda pegou na minha e fiz certa força para deixá-lo sentado. Limpei o rosto do homem e ele apontou para o buraco, eu havia imaginado. Ele estava meio zonzo e não é fácil tomar um puta tombo na Almirante Barroso no Centro do Rio. A multidão ri ou simplesmente passa por cima de você. Mas eu fiquei comovido e bati um papo com o cara que ainda não conseguia ficar de pé. Logo em frente do local onde estávamos, havia um botequim e rapidamente fui comprar uma garrafinha d’água para aquele. Fui em um pé e voltei no outro. As pessoas continuavam rindo, as outras passando, o guarda apitando, o sol queimando e eu me esforçando. Ele bebeu a água e eu estava preocupado em possíveis fraturas. Ele havia machucado os lábios e tinha algumas escoriações nos braços e a calça tinha um rasgo. Eu senti uma pena e ninguém me ajudou.
Consegui coloca-lo de pé depois de uns 10min. Ele apenas tinha sofrido um pequeno susto, mas estava se recuperando. Eu insisti para ele ir até o Souza Aguiar (hospital) comigo, mas ele dizia que estava melhor e que não havia necessidade. Fiz questão de levá-lo à farmácia e comprei alguns medicamentos para fazer um curativo. Ele já estava bem melhor, mas o calor do Rio não dava trégua e nós suávamos demais. Fiz o curativo ainda na porta da farmácia e perguntei para onde ele estava indo. Ele sorriu e disse que estava indo para o trabalho e que o turno dele estava para começar. Meu Deus! Não podia deixar aquele homem ali e ir embora. Não podia virar as costas e sair. Fiz um sinal para o táxi e ele não queria entrar de jeito maneira. Parecia uma mula empacada, mas convenci que era melhor ele tomar o táxi para não perder o expediente. O táxi estava de porta aberta e ele me deu um longo abraço. Apertou-me e disse palavras bonitas e começou a entrar no carro. Eu deixei um dinheiro com ele e instruí ao motorista para levá-lo onde ele pedisse. O homem havia aberto o vidro traseiro do táxi e disse que quando eu precisasse de qualquer coisa eu poderia procurá-lo. Eu sorria encabulado. Então ele afirmou:
- Mano, estamos juntos. Eu trabalho no cemitério do caju. Sou responsável pela manutenção dos túmulos, gavetas, sepulturas e tudo mais. Se você precisar, ou sua família, por favor, me procure que já é! Eu fiquei fixo. E ele ainda falou:
- Não esqueça. Precisando é só chegar na parada. Dou um jeito e você não paga nada, nem sua família. Você é sangue e estamos aí.
O motorista arrancou com o carro e eu fiquei olhando o cara me dar tchau pelo vidro de trás do táxi.
Saí resmungando... Porra, fiz minha parte. Sou cidadão e quero ajudar as pessoas, mas daí me oferecer préstimos funerais pra mim... vai pra porra e pra puta que te pariu...
E saí andando e imaginando... Como vou procurá-lo se eu precisar?
Eu hein!

(contos – Alexandre Hallais)

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

A roupa da vitrine nem sempre lhe cai bem


Este conteúdo insano é dedicado à minha querida amiga Krika.

Querida KRIKA, o TPM é bom demais. Adoro suas palavras e seu carinho. Você é iluminada.

Também quero aproveitar para agradecer o Layout que fez para o casulo. Você é uma pessoa linda, fantástica... Obrigado pelos e-mails, pela amizade e pela parceria.

Você merece muito mais do que posso te dar, porque não consigo medir o tamanho de sua bondade.


Obrigado linda Krika.


Indico o TPM (o link está ao lado). Leiam... serão felizes, prometo.


Sobre o texto abaixo... é um conto. Esse faz parte do meu livro de conto que está registrado, mas não publicado. O texto é um tanto quanto... Nelson Hallais ou Alexandre Rodrigues.


Beijos e amo cada um de vocês...



A roupa da vitrine nem sempre lhe cai bem

Eu não o vejo e não me interesso por aquele que não soube misturar tintas em minha aquarela.
Ele que se vá! Que lamba o primeiro rabo de saia que encontrar.
Aposto que vai tomar café coado na calcinha da infeliz.
Não o quero mal, mas ele não precisa ficar passando por aqui,
Pode ter reação e daí??? não sei.
Tenho crises incontroláveis e bem que ele merecia levar umas porradas na lata.
Tenho uma imaginação violenta, mas somente sou violenta na cama,
Nunca fui de distribuir tapas pela rua, mas esse merece.
Ele faz questão de passar com o perfume que eu comprei
E com uma camisa de uma malharia barata:
- Querido, o perfume caro não combina com sua camisa cafona.
Mas ele insiste.
Outro dia fui obrigada a não desviar meu carro de uma poça d’água...
Fez uma puta ooonnnnndddddaaaaaaaaaaa! A onda demorou uns 3 minutos no ar.
Vocês tinham que ver o imbecil tentando fugir.
E eu encarando.
E a onda caindo.
E o povo rindo.
E o pinto saiu completamente encharcado do tudo havaiano. Ganhei o dia.
Ele que não passe por aqui. O cara tem os traumas dele, mas gritar mãezinha na hora do orgasmo...
Porraaaaaa brochei e feio. Sabe, aquela brochada que o cara grita uma porrada de coisas e
Você lá lixando a unha?
Ah! Dá um tempo.
Tenho que reconhecer que a carcaça é interessante, mas dentro mora um caramujo.
E as ligações?
Não gosto dessa merda de amor que fica:
Ele diz: Então tá. E você: Tá
E ele: Tá bom então. E você tá.
E ele insiste: Tá certo. E a vontade que te dá é falar: Então tá... tá querendo me irritar.
Minhas amigas me dizem: - Você é estressada! Mas o cara é esquisito.
A primeira vez que saímos para moldar os corpos ou simplesmente trepar,
Ele levou uma sandalinha para o motel e uma camisa branca e velha com medo de ficar resfriado. Puta que o pariu. Porra! Será que pus o pé quando Jesus vinha carregando a cruz na via crucis?
Eu com minha lareira acesa e ele de frescura, deixei...
Ele pulou em mim e eu comecei a esquecer o show de horrores que havia visto.
Ele até começou bem e fez um bom trabalho de base, uma preliminar que já estava até atrasando... e foi atrasando, mas quando o time dele foi entrar em campo... meu Deus...Não tinha torcida no estádio...
Além disso o artilheiro entrou de cabeça baixa e o cara estava roçando o pé nas minhas pernas. Até aí sem problemas, mas ele ainda estava de meia. Pelado e de meia. Saca?
Que tristeza!
Parecia um bebezão.
Eu já estava sem graça pelo vexame que o time dele ia dar, mas ele quis tentar a sorte e eu ninfomaníaca parti para dentro do bichinho. Tentei uma assistência 24h. Vocês sabem o que é isso, ou não sabem? A bateria fica arriada... alguém dá uma chupeta para o carro pegar, etc e tal...
Eu bati a chave e nem sinal.
E o coitado estava suado, mas só poderia ser de nervoso e eu que era a própria lagoa azul estava árida como o sertão. E o insolente ali. Ele não queria perder por nada e eu, macaca velha, comecei o discurso:
- Olha... Isso é assim mesmo. Nem sempre conseguimos a concentração necessária e pode ser que você não esteja alinhado com vênus, ou talvez o seu horóscopo de hoje tenha dito para você não sair de casa...
E ele pegou a bola, levou para a marca do pênalti e chutou:
- Sabe, isso está acontecendo porque eu preciso de um estímulo...
Eu não estava entendendo o rumo da prosa, mas ele continuou.
- Eu preciso que você aperte o botão de start.
Quando ele falou isso eu fiquei pálida e trinquei os dentes. Eu já havia ouvido sobre esse ritual retal.
Bom, eu fiz a mesma coisa que nossos avós faziam para os calhambeques pegarem... Rodei a manivela do... já nem sei do que chamar...
Pronto! O artilheiro ficou alvoroçado e ele ganhou forma e loucura. Eu ali, rodando a manivela do carinha e ele querendo me dar prazer com aquele gnomo louco.
Ele foi entrando e dizendo as mais loucas e perversas palavras, mas não endereçadas a mim, mas sim à minha manivela. Ou seja, ele gritava que era dando que se recebia... e por aí vai.
Na hora do gozo, ou do orgasmo, ou sei lá o que estava acontecendo com ele... não é que
Começou...
- Mãezinha!!! Ai minha mãezinha... Assim não agüento.
Uma pequena loja de horrores!
Merece ou não merece levar um monte de porrada.
E eu fiquei literalmente na mão, ou no dedo, ah sei lá.

O que quero dizer é que se ele passar aqui eu cometo um ato insano e impensado e acerto com o meu vibrador tamanho 21 na cabeça do infeliz.
O cara tem complexo de carro antigo e eu que tenho que ficar rodando o motor de arranque?
Bonitinho, mas ordinário que só rodando, ops, só vendo.

domingo, 4 de novembro de 2007

Receita farta de porção de dois


Receita farta de porção de dois

Abusa de mim mulher!
Rasga a minha camisa xadrez e deixa meu peito a mostra.
Finque essas unhas vermelhas em minhas costas e trace paralelas.
Deixe eu desmaiar pela falta de ar de seus beijos, aí então,
Tire meu cinto preto das casas do meu velho jeans...
Aquela calça surrada pelo tempo que deixa todo o meu corpo exposto.
Acorde-me já semi nua e disposta a fazer-me mal.
Posso tentar livrar-me, mas amarre meus pulsos e comece a retirar o resto de sua roupa.
Apegue a luz, mas acenda o abajur.
Volte devagar para seu objeto.
Apenas de calcinha sussurre baixarias e aja de forma dissimulada.
Arraste tua menina em minha coxa, enquanto tento me libertar.
Sugue minha língua e segure forte minha mandíbula, como um cálice indomado.
Aperte minha disposição e retire o restante de sua roupa.
Deixe a lava tomar conta de minha calmaria.
Sinta falta de ar.
Olhe ao redor por não saber pra onde olhar.
Permita a alteração da respiração.
Fique ofegante!
Suspire descontroladamente.
Arranque um pouco de sangue de meus braços com sua mão voraz.
Morda meu pescoço como uma vampira sedenta de sangue.
Grite por não conseguir “cantar” em tom baixo.
Faça do prazer a tua vida.
Olhe para meus olhos verdes.
Limpe o suor da boca com a língua da minha.
Desate o nó de minhas mãos.
Beije com o coração acelerado.
Passe as mãos meladas tentando ajeitar o cabelo.
Lance o corpo no colchão.
Deixa a vertigem carrega-la no colo.
Escute minhas palavras de amor e carinho.
Saiba o tempo certo...
Comece tudo outra vez.

(Hallais, Alexandre – Rio de janeiro, 4 de novembro de 2007)
P.S. - Peço desculpas pela foto ousada. Não tenho esse costume, mas achei apropriada para o texto. A intenção não foi agredir.
Hoje não acordei bem. Tive um dia agitado, mas bateu essa inspiração. Queria saber pintar quadros, mas apenas tento escrever.
Chamam de loucos os poetas. Tragam a camisa de força, pois essa me cabe bem.
Não tenho medo do mundo, mas o mundo deve me temer.
Esse mundo é tão obsceno e os pudores são tão engraçados. Que mostrem as bundas na televisão, porque nesse momento estão fazendo coisas piores por aí.
Que mostrem as bundas na televisão, enquantos somos assaltados no congresso.
Eu não sou melhor do que ninguém, mas pelo menos falo o que penso e não me escondo atrás de máscaras.
Foda-se a hipocrisia e o falso moralismo. Tem gente que reza para Deus, mas acende um vela para o diabo.
rs
Socorro!!! O mundo é um tabuleiro ou um hospício?
Assistam o filme Sem controle com o Du Moscovis... Muito bom. Loucura é ficar parado achando que tudo vai melhorar!

sábado, 3 de novembro de 2007

Deixe a porta entreaberta





Boa tarde a todos e posso afirmar que é um enorme prazer escrever.

Não sei se vocês viram esta semana no blog TPM "by Krika Muniz", mas existe um post FODA!

Eu quero dedicar mais do que um texto à essa mulher, eu quero dedicar horas de minha vida escrevendo para ela que é uma pessoa muito bem intensionada e que consegue produzir felicidade. Feliz de nós termos uma pessoa tão gentil e amiga ao nosso lado. A Krika tem sua TPM, mas digo que é doce feito um docinho. A mulher é guerreira e não desiste, vai atrás e sabe superar as adversidades.

Amigos, se vocês quiserem ser feliz, pelo menos um pouquinho, peço gentilmente que acessem o blog desta mulher fantástica. Posso confidenciar que ela escreve muitas coisas que gostaríamos de pôr pra fora e isso a torna diferente.

Não estou escrevendo, por escrever, até porque o que eu tinha para falar à ela, já foi dito. Esse meu post é uma manifestação ´de amor e amizade por uma pessoa que me faz muito bem.


Com licença leitores...


Krika, se eu pudesse pular em seu pescoço e te dar um abraço eu não a largaria mais. Você é especial, porque é simples de coração. Obrigado pelas palavras doces e alegres. Obrigado por me divertir tanto com seus textos, obrigado por reservar um tempo para seus leitores. Saiba que ficamos muito agradecidos. Especialmente eu.

Querida, você é tudo de bom! Aliás, você é FODA!!!!


Espero que o texto abaixo seja digno de seus pés... desfile sua beleza nesta passarela chamada mundo...


Beijos Krika!!! Te adoro! Sou seu fã! Você é uma escritora fabulosa!



Canção para ninar adulto

Quem sabe eu te chame para fugir?
Passo para te buscar
Nem que seja fugir para conversar.
Posso fazer carinho e te levar nas mãos,
Posso afinar o tom de nossas conversas repletas de emoção.

Eu quero ser mais feliz e aprender a sorrir com você,
Quero sentar ao seu lado e ficar por não conseguir me conter.
Fugir
Para você
Com você
Você é o tempo que gosto, a água que eu bebo
O vinho que desinibe
E tudo fica bem.

Quem sabe quando escurecer eu apareça
Um pouco tímido meio careta.
Quem sabe eu te leve embora agora
Porque a tua felicidade é minha eterna aurora
E não posso perder teu espetáculo
Lá fora.

Deixe a porta entreaberta e desligue a televisão,
Vou te roubar um pouco
Você vai iluminar minha escuridão.
Vamos sair da vida e entrar no mundo
Vamos lavar nossas almas do capitalismo imundo,
Quero ser diferente, preciso desse amor,
Não sei mais o sou
O que passou , passou...

Sinto o teu cheiro perto e a textura do batom,
Vejo teus olhos pintados e seguro a sua mão.
Não dá pra fugir quando se quer bem
O amor deságua e procura o mar,
Tenho pressa a hora já chegou
E quem nunca enlouqueceu
De amor???

Tenho pressa a hora já passou
Deixa a porta aberta, pois nosso tempo chegou!