quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Duas partes: Vida e poesia




Meus amigos, minha vida, meus amores... boa noite!


Resolvi escrever um post diferente hoje. A primeira parte, eu falarei da vida nua e crua. A segunda parte será o Alexandre Hallais de sempre, ok?


Será que terão saco? Sei lá!


Bom, deixe agradecer aos 20 comentários que meu último post recebeu... isso é recorde aqui no Casulo e tenho que agradecer a todos vocês. Sinal que poesia é imortal. Obrigado por todos os comentários e tudo que foi dito foi guardado em meu coração.


Também quero agradecer ao MEU AMORE... KRIKA - TPM pela indicação do prêmio MEME. Bem, fiquei bastante enrolado para entender do que se tratava, mas vindo de KRIKA, eu não tinha dúvidas que deveria ser algo genial. Minha tempestiva menina me explicou o que é o tal MEME, então resolvi indicar alguns blogs que acho FODA demais. Não quero que os outros se sintam excluídos, mas parece que tem de ser 10 no máximo... sei lá...

Bom, O MEME VAI PARA... (tecla sap, ou tradução simultânea):


- TPM e Krika - todas as reverências à essa mulher que é demais da conta;


- PALAVRAS DE UM MUNDO INCERTO e o Trilegal Marcão!!! - Foi o cara que escreveu para mim, quando postei no Clube da Insônia. Ele me inseriu... poeta, eu aprendo muito com você. Tenho sangue gaúcho...


- BOTANDO PRA FORA e Kari - ôu menina... minha doce Kari. Obrigado por seu toques. Sempre contigo, sempre obedecendo seus conselhos...


- RETICÊNCIAS ou apenas "..." e ops... não sei o nome da guria. Mas querida, seus textos são agradas de boas-vindas... você faz parte de um todo...


- MENINA LUNAR e Carol - Certa vez escrevi que gostaria de morar na lua... será que você lembra?


- O RETRATO DA NUDEZ EÓLICA e Claudinha - Arrepia mesmo que as palavras devem ser usadas...


- UMA TEQUILA POR FAVOR e Karol - Estou com saudades... muitas saudades...


- WELCOME, INTRUDER e Luciana Rêgo - Teus textos são dual layer.


- LUZ DE LUMA e Luma - Preciso falar? Visitem o blog...


- CARPEM DIEM e Micha - Aproveitem o dia, pois amanhã pode não chegar (não foi intenção a analogia com a música da Pitty).



Mudando de assunto...


Ontem eu iria postar, mas fui assaltado dentro do metrô do estado do Rio de Janeiro. Arma de fogo contra o peito. Fiquei sem o celular, sem o cartão de crédito e sem R$ 200,00 que iria comprar o remédio de minha sogra que está em estado terminal de câncer.

Certamente, os caras estavam precisando mais do que eu...


Esse é o reflexo do Brasil.


Ah! Desculpe Krika, mas não te contei da coronhada, mas apenas fez um leve corte e um hematoma. Mas continuo com minha vida... rsrsrsrs Não queria te preocupar!!!



Segunda parte... poesia e mais poesia (tomara que tenham saco de ler tudinho).


No livro da fé, li sobre o dia do esquecimento...


A agonia abraçada com o medo
Infundi pavor, acende o estopim e a noção do tempo
Torna-se reclusa em máscaras de porcelana
E entorna o pesar das passagens mais secretas,
Antigos caminhos percorridos
Antes, com luzes nas mãos.

O sentido de balançar de leve
O suficiente
Para desencadear um estrago nos cristais
Frágil
Desregrado
Sem a presença do cheiro de corpo
Que serviu de entrelaço.

Os copos caindo através das conjugações verbais,
Potentes para mãos inaptas
Deliciam-se com a censura leve,
Enquanto os pés descobrem o motivo
Da anestesia ... dos cacos... é...
Os cacos dos rostos...

O medo quando prova da inquietude
Insere agonia,
De certo, amanhã ele veste o esquecimento
Quando se materializa em oferendas,
Quase uma formalidade
Enquanto o ar pesa pelos pulmões
Deixando estranha a moradia dentro do corpo.

Se andar para trás corta mais os pés,
Mas se para frente for,
Talvez a loja de cristais desmorone
Catar vidros e ficar vagando, ou
Flagelar-se e chegar a lugar algum?

Uma agonia de voz embargada,
Um medo de voz alvoroçada e
As voltas com a dízima periódica
Onde desenhos são criados com as unhas:
Quebrar e comer...

O gosto do medo é utilizado para
Alquimia...
Para poções de veneno manipulado:
Defesa ou autodestruição?

Bem que os braços tentam se libertar...

Melhor adicionar adoçante neste café amargo
Que a garganta engole,
Misturado à secreção
Sem medir moléstia...

Questão de não olhar para trás
Decisão em seguir
Às voltas pelas voltas
Que lembra o esquecimento.


(Hallais, Alexandre – Rio de Janeiro, 26 de novembro de 2007)




6 comentários:

Cláudia I, Vetter disse...

Puxa vidaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Entro aqui para provar de um pouco de poesia e anestesio-me com honra e beleza!

Puxa Alexandre! Que honra receber indicações de você; é tão gratificante e bonito ver tal dedicação de atenção que fosse, mas além ainda, existe uma consideração incomensurável de gratidão pra mim dizer-lhe.
Fico feliz que possas passar por minhas palavras sentindo a força de algo que nasce das próprias ausentes; é essa a essência da leveza, da nudez, do retrato fixado palma por palma na sensibilidade do mesmo abstrato.

Muito bom mesmo; só quero compartilher minha ignorância ao perguntar a exatidão da abragencia desse prêmio... >.<
Você como bom menino me dirá!?
uhaehueuhaeu

Poema denso e realista; Brasil mostra sua cara, desfigurada por impunidade, mas de transparencia mutável.

Tomara que avançemos melhor, mais conscientes.

........

Obrigada mesmo meu caro; um enorme beijo, e parabéns você pelo mesmo recebido e merecido!

Cuide-se! Carinhos e cordiais cumprimentos; t+!

Adriano Veríssimo disse...

Olá meu querido!

Estive fora durante um tempo, mas venho aqui para elogiar novamente seu espaço. Queria te contar algo. Mostrei uma de suas poesias "Altitude e Latitude", para uma amiga minha. Fez sucesso. Ela teve uma catarse, e ficou digerindo durante um tempo o que ela leu. E disse que "amou". Isso era só para dizer, que suas poesias são "du caralhu"...rs

E sobre o ultimo post, me trouxe imagens do ser humano homem pós-moderno, com suas depressões, seus livros e discos espalhados pela casa, tentando recuperar o tempo perdido, mas deixa o telefone tocar, deixa a cidade se acender, e sua vida, pequena para alguns, e de uma imensidão para ele. Um ser ali, trancafiado a seus gostos, anseios, mundo particular e seu manifesto grito oculto.

Forte abraço meu querido.

obs. Não ligue pelo momento de surto pelo que escrevi. Fui viajando nas imagens.

rs

Krika Muniz disse...

Meu querido... começei a ler e quase cai da cadeira... com a parte que você omitiu quando me falou do assalto... um misto de revolta... raiva... e medo pelo que poderia ter acontecido a você... graças a Deus você está bem... saudades das suas palavras... essas mesmas palavras fortes que sempre me fazem querer mais e mais... beijos... amore... Krika

Anônimo disse...

" Se andar para trás corta mais os pés,
Mas se para frente for,
Talvez a loja de cristais desmorone"

Era isso que estava [ou ainda está..] acontecendo comigo. Medo nos mantém vivos e às vezes presos.

Muito obrigada pelo comentário, me ajudou muito. Sobre a violência... O que se tem a fazer? E o que não se tem a fazer? Tornou-se rotina, que qualquer desculpa é válida e só de estarmos vivos respiramos 'aliviados', para mais tarde percebermos que estaremos de novo a mercê da violência. É revoltante no mínimo.. Melhoras!!

Bem, de novo agradeço o comentário.
beijos.

Kari disse...

Mais que bela poesia em...

Poxa! Fiquei tãoo feliz com a indicação. Obrigada, viu moçinho?
E fico feliz em saber que os conselhos que dei foram tão bem aproveitados! E não esqueça, que, precisando, tô aqui, viu?

Um beijão

Marcos Seiter disse...

iRMÃO, AMIGO,
ADOREI A POESIA COMO SEMPRE.
E FIQUEI TRISTE POR TU SER VÍTIMA DE ASSALTO, NO QUAL ESTAMOS À MERCÊ. MAS QUE BOM QUE TU TÁ BEM E MUITO OBRIGADO PELA INDICAÇÃO DOS MELHORES.

mUITO OBRIGADO MEU CONTERRÂNEO!

BAH, TRI-LEGAL, ALA BUCHA TCHÊ!!!


Marcos Ster