quinta-feira, 30 de agosto de 2007

É tempo de mudar


Mude bastante!
Mude o sorriso, o beijo, o lado.
Mude de roupa e de calçado.
Mude por você e não pelo seu amado.
Mude por mudar.
Mude apenas para caminhar.
Mude e esqueça o carro.
Mude e esqueça a bolsa.
Apenas mude!
Mude!
Mudanças são bem vindas,
são normais,
são temporais,
são demais.
Mude!
Mude pra você!
Nem que seja
o computadorpela máquina de escrever!

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Para Rodrigo Netto (Detonautas)


Quando se perde o amor, deforma-se a conduta e perdemos nossos dias de paz

Para Rodrigo Netto (Detonautas)

Ele não!
Como puderam tomá-lo de uma vez?
Cortaram os fios que Deus havia prendido
E os movimentos partiram
Até os sorrisos encolheram.
Deixar vazio, um espaço eterno
Para o palco sem platéia,
De aplausos gravados em recordações.
Quem o levou o interrompeu
Mesmo que ele ainda tivesse o que
Dizer.
Talvez seja de formação
A deformação e a má educação em
Romper bruscamente os vinte e nove com
“Um amanhã incerto”.
Ele não!

(Hallais, Alexandre – Rio de janeiro, 10 de junho de 2006)

Obrigado!

Posso dizer que fico honrado com as visitas diárias. Podem deixar recados, textos, ou até mesmo mensagens que eu publico, se for o caso.
Fico muito feliz em saber que há pessoas que gostam dos meus textos.
OBRIGADO de coração.

Eu respeito muito você.

Um beijo e um abraço.

XIII Bienal do Livro - Rio de Janeiro


O convite é feito com muito amor, carinho e respeito.


Vamos multiplicar os sorrisos e doar abraços... Vamos fazer o bem ao outro sem pedir nada em troca.

Paz e vamos com tudo para a Bienal.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Sobre os seres que não parecem humanos...




Sombras

Sentei à beira do rio para escrever.
Pensei na água, pensei em você,
Mas o que dizer?
Então amassei a folha em branco
E deitei um tanto.
Pude ver as árvores de outro ângulo.
Rolei pelas minhas ansiedades
E espantei a minha amargura...
Deixei subir em mim:
Formigas vinda de um jardim.
Dormi um pouco
Para recuperar meu corpo,
Enquanto fazem mal,
Eu só quero bem.




(Hallais, 23/08/07)

Respeito: Mário Quintana!


EU ESCREVI UM POEMA TRISTE




Eu escrevi um poema triste


E belo, apenas da sua tristeza.


Não vem de ti essa tristeza


Mas das mudanças do Tempo,


Que ora nos traz esperanças


Ora nos dá incerteza...


Nem importa, ao velho Tempo,


Que sejas fiel ou infiel...


Eu fico, junto à correnteza,


Olhando as horas tão breves...


E das cartas que me escreves


Faço barcos de papel!



Mario Quintana - A Cor do Invisível

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Assoprando a colher

Solto meu corpo, mas não tenho pressa de chegar
não devo me precipitar
talvez ninguém esteja
a me esperar.
Deixo os quilômetros distantes
com meus passos gigantes,
e não quero mais lembrar
que não enxergo a escuridão
da sua boca ao me beijar.

A página virada no meio do livro
parágrafos não lidos
contam a estória
dos nossos tempos sofridos.

Deixe os olhos entreabertos
que eu te cubro com meu conforto
vou reescrever o seu mundo
consertando o que já foi torto.

domingo, 19 de agosto de 2007

O um


O Um

Vá vento varrer
Volte voando vazio,
Vendo vácuo vulto
Vislumbrando vozerio.

Vento veja voando
Vozes vindas virtuais,
Vá ver volúpias
Vagos vendavais.

Virtudes voaram velozes
varrendo vulgaridades,
vendo vazios vales
velando verdades.

Vento voe vagarzinho
Vejo velha vontade,
Voar vendo veredas
Vista veracidade.

Rio 04/04/01

sábado, 18 de agosto de 2007

Poema...


Dias nebulizados

1 – Causa

Pólen,
Poeira, vento e rinite.
Ácaro, lençol de ontem
E cotão.
Sinusite, bronquite, asma
E corticóides.

2 – Cuidados especiais

Soro!
Nebulização e cama.
Chá, diversos chás e
Descanso.
Temo em escrever os horários...
Remédios e vacinas.

3 – Curado

Gás carbônico inalado até
O pulmão.
Vestígios de sujeira são lançados
Contra as vias aéreas...
Inicia-se o ciclo
Novamente.


(Hallais, Alexandre – Vôo RJ – BH 10/08/06)

Bienal


Vô, ontem recebi o convite para lançar o meu livro na Bienal. Como eu queria o senhor junto comigo!

Vô, apesar dessa nossa "distância", sei que o sr. continua olhando por mim. Eu tenho muito a te agradecer, porque o senhor me ensinou muitas coisas sobre a vida.

Vou te amar por toda a eternidade!

O sr. é o meu herói!

Todo o respeito do mundo! Te amo!!!


Saudades!

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Breve

Somos breves!
A vida é breve...

A angústia tomou meu coração e a tristeza entrou em minha cabeça. As pessoas estão sem rumo; algumas.

Somos breve... os vermes nos esperam, mas eles se acham melhores.

A vida é breve.

domingo, 12 de agosto de 2007

Você é especial!


Às vezes me pego isolado quase preso aos meus medos:

medo de mim, medo de viver, de sorrir, de algo acontecer.

Dou a volta mais longa até chegar a formar opinião que, sou uma resposta sem pergunta. Às vezes deixo meus amigos sentirem minha doçura, mas quase sempre estrago tudo com o amargo que insiste em vir à tona.

Sempre faço as pessoas que mais amo chorar. Tento ter razão, mas a escuridão que acontece em minha mente descompensa minha retidão.

Crio fantasma que me assombram.

Às vezes sinto uma dor insuportável, uma vontade de terminar meu caminho e dar espaço para quem quer que seja. Quantas vezes já pensei? Inúmeras!

Quase morri em seqüências intermináveis de desmaios. Cheguei a ver minhas cinzas, mas o fogo voltou a pegar e minha fogueira interna acendeu meu coração.

Minhas palavras são facas atiradas no peito dos meus amores.

Tento conduzir com cautela e deixar minhas negligências, como abortos espontâneos do meu caráter.

Sei que posso ser melhor, uma pessoa melhor. Sei que ao rezar, meu espírito se acalma e meu corpo relaxa.

Minha maior luta é travada com meu reflexo.

Algumas folhas não necessitavam cair tão repentinamente das árvores. Meu sufoco é o pesadelo que tento esquecer para poder viver... bem!


Mas...

A fortaleza que insisto em construir é imensa. Uma construção forte e coesa. Penso na gratidão de alguns. Penso no lado bom de qualquer adversidade.

Sabe, um bom dia me conforta!

Um abraço me deixa melhor.

Enxergo melhor quando consigo fazer o bem e isso é o que faço. Sei fazer o bem e esse é o tratamento mais eficaz. Pratico diariamente, mesmo travando batalhas internas. O bem sempre prevalece. Curo o mal, oferecendo tudo que há de bom em mim.

Não vou embora assim. Tenho uma missão que é maravilhosa e vou completá-la.

Sou do bem. Tenho que melhorar, mas existo. Estou vivo e tudo posso, pois Aquele me fortalece.

Sou mais do mundo do que de mim.

Vou doar meu bem, todos os dias, à vida.



Obrigado Tereza!

Obrigado Tereza por me fazer feliz!

Sabe, esses dias de luta foram difíceis, mas achei uma luz chamada Tereza. Se te fiz sorrir foi por sua generosidade, sua amizade...

São poucos aqueles que acreditam na vida e confesso que você me faz acreditar mais e mais.

Você me renova com sua força e luta.

Você é guerreira vencedora!

Sua amizade é algo majestoso e sincero. Sem pedidos ou exigências. Sua amizade me carrega no colo e me põe para dormir em paz!

Meu eterno respeito por você e por sua linda e maravilhosa família.

Obrigado pela força e pela leitura diária. Faço meu blog com amor e sinto-me honrado em tê-la como leitora. Não sou ninguém, mas não pretendo ser alguém.

Obrigado por divulgar meus textos e o blog.

Obrigado por tudo.

Você é muito importante para o mundo e para mim.


Beijos e obrigado pelos recados no orkut. Não vou desanimar!


Paz, amor e luz!


Alexandre Hallais


sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Saciando a sede com água salgada


Saciando a sede com água salgada é um texto sobre gula em amar, ou seja, o peixe é fisgado pelo anzol e morre na proa.
Esse texto demonstra a insensatez do amor, que tenta conseguir e quando acha que ganhou, repara que a a água é salgada. Esse texto mostra um amor morto e ressecado.
Espero que gostem.



"Crie em mim algo de você, porque és bem-vinda,
Aguardo o pouso derradeiro de seus lábios em meu íntimo
E caso não se importe,
Eu te suplico com lágrimas insolentes
Para teu rosto
Não dissipar de minha apreciação.
Cale-me com teu silêncio,
Que assim escuto melhor tua qualidade de bela,
Faça justiça em emaranhar-me ao solo que pisas.
É a exatidão do meu batimento
Que, gravemente, proferi notas nesta caixa
Abalada por ver e não tocar em tão
Suntuosa membrana.
Cale-me por vezes
E
Faça-me engolir tua vida
Teu furor
Que assim meu pranto acalma.
És divina por ser simples, apenas uma mulher,
Apenas um doce suave mascado entre pêlos,
Entre pêlos desejados
Em montagens de romances impossíveis
Ou
Impensados."


Alexandre Hallais

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Reza baixa


Poucos são os confetes varridos no salão


Nosso drama diário não nos permite sentar no meio-fio. Nosso drama burguês nos toma o tempo absurdamente, o que diria Nelson?
Nossa vida sem poesia, sem tempo, mas com pressa. Nossa vida de e-mails e as cartas apaixonadas ficaram esquecidas com as histórias de nossos avôs. Niguém mais espera ansiosamente a chegada do carteiro. Aquele homem amigo, aquele homem sorridente, que corria do cachorro, que comprimentava a vizinha, que “bicava”a bola da garotada. Niguém mais tem tempo para nada. E a garotada?
Cadê a infância de bola de meia? De futebol na rua, na esquina, no terreno, no campinho... Cadê a rua de paralelepípedos? Cadê aqueles moleques descalços... Ronaldos, Robertos, Geovanis... Cadê?
Ninguém senta mais às 18 na varanda da casa e descasca uma laranja. Comer laranja tem que se lambuzar. Tem que deixar escorrer o caldo. Tem que fazer de conta que a mão também é um enorme bagaço.
Nossa juventude não repara no gramado da casa e muito menos rolam entre arbustos e moitas. Niguém sabe o que é... o que signifiga plantar...
Nossa juventude tem medo de galo, de porco, de burro, de cavalo, de boi, de vaca, de cobra, de aranha... tem medo da própria sombra.
Nossa juventude não repara no vento balançando a árvore. Ninguém conhece o barulho do vento... ninguém conhece o cheiro de chuva, o cheiro da mata, aliás, mal se conhecem.
Nossa juventude fica muito em casa. É internet, é videogame, é superinformação, é conhecimento, é alienação.
Nossa juventude de mãos cheia de calosidades de controles... controle do videogame, controle da televisão, do ar-condicionado, do rádio do carro... controle de nós mesmos.
Ninguém sabe o que é um baile em plena Rio Branco! Aliás, somente os cariocas sabem. Aquela multidão ao ar livre, sem medos, sem preconceitos, sem maldades.
Antigamente nós éramos menos maldosos, para não dizer inocentes.
Certa vez, minha mãe para me assustar, disse que as ciganas roubavam as crianças debaixo de suas saias. Aliás, as ciganas de Madureira eram mais ciganas, tinham mais balagandãs.
Qualquer ser-humano que se preste conhecem Madureira, mas não essa cheia de assaltos. Aquela que ficou na paz de nossa memória. Madurreira da Portela, do Império e do Mercadão. Madureira das ruas povoadas e do povo guerreiro e eu criado no Méier sempre que minha mãe podia me levava lá.
Mas nosso drama é mais forte. Nossa juventude é refém do intusiasmo idiota americano. Ninguém varre mais os quintais ou pedem fiado na venda do seu “Manel”.
Comprar fiado é comer hoje o que somente amanhã teremos o desprazer de pagar. Mas se não tiver dinheiro “Seu Manel” pendura por mais um mês. Sem juros. Naquela época valia mais a palavra do que a multiplicação do dinheiro. Aliás, a conta no caderno, a venda fiada é o avô do cartão de crédito. Cartão não tem graça. Muitos pagam, mas outros deixam o nome sujar por que palavra mais não há.
A juventude virou produto do meio e em fevereiro a Portela tem muito risco em descer, pois tem paulista e gringo no samba. Entenderam?
Surgiram os carnezinhos e as pessoas pagam durante o ano, mas quando chega o dia do desfile ninguém sabe cantar, se quer, o samba. Fora o gringo que chega ao Rio... Primeiro ela é assaltado. Depois vai de encontro com o comércio do sexo, da prostituição, das drogas... E tratamos muito bem esses visitantes, pois eles financiam nosso caos. Mais tarde compram fantasias, lugares em carros alegóricos, frisas, arquibancadas, camarotes, cervejas, refris, e minha escola quase desce. Desce porque eles não cantam, não sabam, e querem é mais festejar do que sambar.
Niguém sabe mais os sambas. Quando eu digo os sambas é porque no passado as letras eram maravilhosas e os “Cartolas”, os “Betos”, “Ataulfos”, e tantos mais escreviam com o coração o que viam. Hoje é uma onda de “Ia-iá”, “Io-io”. O samba perdeu a compostura. Perdeu o ritmo. Dizem que ainda se parecem com marchinhas carnavalescas... Ora ora! Não façam isso...
Nossas marchinhas em maravilhosas e cheias de sabedoria.
Sofremos todos de displasia compulsiva aguda. Mãos e dedos, cabeça e corpo.
Enquanto nossos “Chicos”, nossos “Caetanos”, nossos “Paulinhos”...
Que Deus os Consevem assim.

(Hallais, Alexandre – Rio de janeiro, 06 de fevereiro de 2006)

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Os retalhos


O mundo é um retalho. Retalho da vida, retalho da morte.

A própria vida é um retalho. Retalho de mim, retalho de você.

O mundo é impróprio, é água suja pelos sujeitos que julgam.

Eu quero é distância do poder.

Porque o poder é uma micose que se alastra invisível e que atrofia a capacidade de pensar.

O poder é o retalho do mal.

Aquele mal deliberado, atirado, insandecido, desmascarado...

O mundo é um passageiro cego na garupa de uma moto, o mundo é um caracol.

Mas ainda acho retalho.

O homem é retalho!

Pano podre que enaltece patentes, que cobre os favorecidos... o retalho é o papelão das famílias humildes, é o balde d'água das senhoras lavareiras...

Papelão. Gostei!

O mundo é um retalho de papelão.

O homem só faz papelão.

Às vezes duvido que o homem é capaz de pensar e agir com coerência. O homem é o retalho da sua caricatura.


Hoje, tive coragem para rasgar meus pulsos e deixar saudade naqueles outros que ainda confiam em mim.

Só não quero fazer parte desse papelão, dessa vida, desse retalho, desse mundo.


O maior retalho é erguer a bíblia, mas fazer o mal. Retalho da vida e reflexo do mal.


Sou do bem!

Mesmo que não me aceitem assim, eu sou do bem.

Vejo a inveja despir a falsa personalidade e desmascarar o fraco e imbecil.

Pode invejar, porque de mim não há o que se admirar, a não ser a bondade.


Meu pai me deu a maior riqueza que foi meu caráter.


Podem me fazer sofrer, pois sei que não há mal capaz de fazer eu desviar meu caminho.

Eu tenho meu Deus!

Meu Deus é colcha inteira, enquanto o mundo é apenas um retalho.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Tiros em mim


Cheguei a conclusão que não sei escrever!


Apenas ordeno palavras em fila indiana e por aí vai...


Olha que eu tento organizar uma boa idéia, um bom texto, mas confesso que o que escrevo é uma merda.


Sempre sonhei em fazer algo assim, mas não tem jeito. Sinto que não tenho "a mão" do negócio.


Passo horas tentando construir pelo menos um texto bom, porque eu queria ser lido.


É difícil reconhecer, mas até este blog fique entregue as baratas e as minhas palavras imbecis.


Aqui não se ouve o cântico de um pássaro, muito menos as cores das flores. Aqui é cinza e invisível.




Tento impulsionar meu "pedalinho" com meu fôlego, mas as pedaladas são breves, assim como o fogo de capim seco e parco.




Desejo planar por vidas que mal conheço, mas o meu reconheço é o esquecimento.




Mantenho o blog por mim e pela minha insanidade.




Hoje eu estive muito triste. Triste no meu trabalho, triste no meu mundo. Hoje estive perto do fim e da beirada do décimo sexto andar. Por instantes tive uma vontade de criar asas e depois perdê-las, assim como Ícaro, apenas para quebrar essa minha cara de burro.


Queria dar contornos a vida das pessoas, mas consigo apenas criar borrões.




Tenho pena da minha fraqueza. Essa é tamanha que mal consigo reconhecer e parar de tentar, pois tenho medo.




Hoje tive vontade de morrer. Sei que ninguém daria falta e que o meu velório seria um outro cemitério, mas tive vontade.




Hoje apertei meu nariz e esganei minha garganta tentando o sufoco...


Sou morto por dentro e pouco tenho a dizer.

sábado, 4 de agosto de 2007

Preces no precipício


Carta


Então meu amigo, o que devo te dizer?
Não sofra?
Não sinta falta?
Deixe assim?
Isso passará?
Estou aqui pensando: o que devo dizer a ele?

Não espere nada, talvez?
Sei que não deve ser nada agradável e a presença abre a ferida, mas...
deixe sangrar. Somente não sangre perto dos outros.

Estou pensando...

O que dizer?

Para cuidar dos pés descalços: use sapatos.

Não estou inspirado
mas acho teu fardo
capaz
nunca tê-lo imaginado
pois já foi amado
e hoje rasurado
por ser rejeitado.

Não estou inspirado
mas acho que ao lado
capaz
de ter achado
um amor mais acabado
do que este desprezado.

Não estou inspirado
mas acho que teu aprendizado
capaz
de ter lapidado
o teu espírito amargurado
e hoje melhor preparado
para achar desvendado
teu valor incomensurado.


________________



Como existe gente para atrapalhar ou para torcer contra...

Não importa, pois eu rezo todos os dias para elas.

Pessoas!

Quem planta o mal, colhe o mal.


Deus, perdoai-os!

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Nosso português


TODOS DE VOLTA AOS BANCOS DA ESCOLA - NOSSO ALFABETO PASSARÁ A TER 26 LETRAS


A partir de janeiro de 2008, Brasil, Portugal e os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste terão a ortografia unificada.

O português é a terceira língua ocidental mais falada, após o inglês e o espanhol. A ocorrência de ter duas ortografias atrapalha a divulgação do idioma e a sua prática em eventos internacionais. Sua unificação, no entanto, facilitará a definição de critérios para exames e certificados para estrangeiros. Com as modificações propostas no acordo, calcula-se que 1,6% do vocabulário de Portugal seja modificado. No Brasil, a mudança será bem menor: 0,45% das palavras terão a escrita alterada. Mas apesar das mudanças ortográficas, serão conservadas as pronúncias típicas de cada país.

Resumo da ópera - o que muda na ortografia em 2008:

- As paroxítonas terminadas em "o" duplo, por exemplo, não terão mais acento
circunflexo. Ao invés de "abençôo", "enjôo" ou "vôo", os brasileiros terão
que escrever "abençoo", "enjoo" e "voo".
- Mudam-se as normas para o uso do hífen.
- Não se usará mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus decorrentes, ficando correta a grafia "creem", "deem", "leem" e "veem".
- Criação de alguns casos de dupla grafia para fazer diferenciação, como o uso do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, tais como "louvámos" em oposição a "louvamos" e "amámos" em oposição a "amamos".
- O trema desaparece completamente. Estará correto escrever "linguiça", "sequência", "frequência" e "quinquênio" ao invés de lingüiça, seqüência, freqüência e qüinqüênio.
- O alfabeto deixa de ter 23 letras para ter 26, com a incorporação de "k", "w" e "y".
- O acento deixará de ser usado para diferenciar "pára" (verbo) de "para" (preposição).
- Haverá eliminação do acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia". O certo será assembleia, ideia, heroica e jiboia.
- Em Portugal, desaparecem da língua escrita o "c" e o "p" nas palavras onde ele não é pronunciado, como em "acção", "acto", "adopção" e "baptismo". O certo será ação, ato, adoção e batismo.
- Também em Portugal elimina-se o "h" inicial de algumas palavras, como em
"húmido", que passará a ser grafado como no Brasil: "úmido".
- Portugal mantém o acento agudo no *"e"* e no *"o"* tônicos que antecedem m ou n, enquanto o Brasil continua a usar circunflexo nessas palavras: académico/acadêmico, génio/gênio, fenómeno/fenômeno, bónus/bônus.


Fontes: Revista Isto É, Folha de São Paulo e Agência Lusa


quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Não faça nada com segundas intenções!


O homem que olha adiante está parado no tempo.

Que medo seria?

Por que ele não se adiantaria?

O homem que colhe medos das árvores mutiladas

Respira ofegante:

Prefere estender, do que ser

Coberto.

Qual o medo que ele esconderia?

Com voz de madrugada

O homem senta-se ao lado do poste:

Parado pelo tempo

Sentado por militar

Perene.

O homem que aceita o castigo

E não professa o mal,

Que sangra humilhado e consumido,

Cuspido e deixado... aquele homem!


Avisem que sou eu!

Contem que não vou na hora marcada,

E se as chagas permitirem

eu chegarei, mesmo que atrasado.


O homem que tem medo da chuva

Permite as chicotadas:

e ele se vira...

deixa escorrer A Palavra,

Por que assim é o seu caminho.