segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Tiros em mim


Cheguei a conclusão que não sei escrever!


Apenas ordeno palavras em fila indiana e por aí vai...


Olha que eu tento organizar uma boa idéia, um bom texto, mas confesso que o que escrevo é uma merda.


Sempre sonhei em fazer algo assim, mas não tem jeito. Sinto que não tenho "a mão" do negócio.


Passo horas tentando construir pelo menos um texto bom, porque eu queria ser lido.


É difícil reconhecer, mas até este blog fique entregue as baratas e as minhas palavras imbecis.


Aqui não se ouve o cântico de um pássaro, muito menos as cores das flores. Aqui é cinza e invisível.




Tento impulsionar meu "pedalinho" com meu fôlego, mas as pedaladas são breves, assim como o fogo de capim seco e parco.




Desejo planar por vidas que mal conheço, mas o meu reconheço é o esquecimento.




Mantenho o blog por mim e pela minha insanidade.




Hoje eu estive muito triste. Triste no meu trabalho, triste no meu mundo. Hoje estive perto do fim e da beirada do décimo sexto andar. Por instantes tive uma vontade de criar asas e depois perdê-las, assim como Ícaro, apenas para quebrar essa minha cara de burro.


Queria dar contornos a vida das pessoas, mas consigo apenas criar borrões.




Tenho pena da minha fraqueza. Essa é tamanha que mal consigo reconhecer e parar de tentar, pois tenho medo.




Hoje tive vontade de morrer. Sei que ninguém daria falta e que o meu velório seria um outro cemitério, mas tive vontade.




Hoje apertei meu nariz e esganei minha garganta tentando o sufoco...


Sou morto por dentro e pouco tenho a dizer.

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